no uso da INTERNET, devemos tomar certos
cuidados não só para agilizar as comunicações, como também para facilitar a vida do
companheiro que vai receber as mensagens.
Dependendo do formato do arquivo enviado ou
do modo como se envia, se anexado ou colado, o tempo cresce exponencialmente e uma
mensagem que poderia ser transmitida em alguns segundos poderá consumir até horas para
ser totalmente transmitida.
Segue uma breve (breve porém longa) explicação sobre
formatos (DOC, PPT, XLS, TXT) utilizáveis na INTERNET e como estes formatos podem afetar
o tempo de transmissão de uma mensagem.
Além do texto que segue, tenho um site que
explica bem detalhadamente essas questões da Web. Quando tiver um tempo, consulte www.ebanataw.com.br/meuinicionaweb
COMO
ENVIAR UMA IDÉIA PELA INTERNET (RAPIDAMENTE)
A Web é,
essencialmente, uma mídia escrita. Podemos até pensar em inserir música ou texto
falado. Mas, ainda assim, é uma mídia escrita.
Uma mensagem é uma
coisa em que se escreve (ou se desenha) com as mãos e se lê (ou se admira) com os olhos.
Toda a panafernália de
ferramentas (também chamadas de softwares aplicativos) são elaborados com base nessas
premissas básicas.
Algumas ferramentas
oferecem instrumentos para facilitar a redação, a elaboração de textos. É o casos do
Word e assemelhados. Por isso oferecem correção ortográfica e outras facilidades.
Outras oferecem
instrumentos para facilitar a impressão (diagramação, paginação, etc.). É o caso do
Pager Maker. (como o próprio nome diz é um fazedor de páginas)
Tem também aquelas que
se preocupam com a didática de uma apresentação (com seqüências e formas
impressionantes de abertura de páginas). É o caso do Power Point.
Cada uma dessas
ferramentas apresenta um conjunto próprio de instrumentos para que possamos trabalhar
esses aspectos, ou recursos e facilidades. Vai exigir, é claro, um certo tempo nosso até
que nos tornemos "expert" em cada uma dessas ferramentas.
Acontece que muitos de
nós somos MUITO PREGUIÇOSOS ou talvez não tenham tido oportunidade de aprender sobre as
verdadeiras potencialidades de cada ferramenta e, por isso mesmo, achem que com aquela
ferramenta que aprendeu primeiro possa "resolver todos os seus problemas
redacionais" mesmo porque não somos muito exigentes nessa questão.
Conheço pessoas que
aprenderam, como primeira ferramenta, o WORD. Não aprenderam outra e continuam a fazer
tudo no WORD. Fazem até desenhos maravilhosos e cheio de detalhes no WORD. Não é a
ferramenta ideal para se fazer desenhos mas o WORD tem embutido alguns instrumentos para
se trabalhar desenhos.
Conheço também pessoas
que tiveram o EXCEL como primeira ferramenta. Além das planilhas, para as quais o EXCEL
é ótimo, oferece instrumentos para redação e edição de textos. Tais pessoas fazem
cartas, memorando, relatórios, tudo no EXCEL.
Pois é, pessoas
diferentes, softwares diferentes, cada um na sua, cada um com suas particularidades.
Enquanto o resultado
final for apenas uma folha de papel impresso, não importa o meio utilizado para isso. Uma
carta impressa tem exatamente o mesmo aspecto não importando se foi elaborada no WORD, no
EXCEL, no Power Point ou no Page Maker.
Mas essa verdade não se
aplica no caso da INTERNET.
Aquilo que quero mostrar
no outro lado da linha vai depender de uma complexa e intrincada rede tecnológica de
provedores, NÓS e servidores existentes entre EU e VOCÊ. E o grau de complexidade dessa
rede depende da hora em que fazemos essa conexão.
Sem querer entrar em
detalhes técnicos: Uma folha de sulfite cheia de letras possui um tamanho de mais ou
menos 4.000 letras. Você acha que o seu computador envia diretamente para o outro
computador todas as 4.000 letras de uma só vez.
Lêdo engano. O TCP-IP
que é o controlador das comunicações QUEBRA o "string" de 4.000 bytes em
pedaços pequenos de 32 bytes chamados "pacotes". Resultam 125 pacotinhos.
Daí, ele envia cada um
desses pacotinhos por uma via distinta. Por exemplo, conversando, eu daqui de São Paulo
como o Hermes no Rio Grande do Sul tenho diversos caminhos físicos para chegar lá. Um
dos caminhos passa por Curitiba, outro dá a volta por Cascavel, outro pode dar a volta
por Santiago (no Chile), passando por Córdoba (na Argentima) até chegar em São
Leopoldo. Existem milhares de alternativas e na eletrônica não há distâncias. Todos os
caminhos são iguais em tempo para percorrer.
A vantagem é que o
TCP-IP não precisar ficar esperando a linha desocupar para enviar o próximo pacotinho.
Usando diversos caminhos ele pode enviar todos os pacotinhos quase que ao mesmo tempo,
usando caminhos diferentes para cada pacote.
Lá em São Lourenço do
Sul, o Provedor se encarrega de JUNTAR todos os pacotinhos na ordem certa (e não na ordem
de chegada que é aleatória). Depois que todos os pacotinhos chegaram e o provedor
conseguir reconstituir as 4.000 letras originais, a mensagem é entregue ao Hermes.
A grande vantagem da
Rede de Pacotes é que é possível otimizar a rede, não havendo trechos sub-utilizados
nem trechos sobrecarregados pois todos os trechos são sempre utilizados. Com isso é
enorme a redução dos custos. Por isso você fica num longo bate-papo pela INTERNET com
alguém no outro lado do mundo e paga uma irrisória tarifa. Lembre-se metade do mundo
está sempre em horário noturno com tarifas reduzidas e o TCP-IP sabe disso.
Quanto maior for a
mensagem maior será a dificuldade do TCP-IP conseguir MONTAR DE NOVO a mensagem toda lá
no destino. E a velocidade de montagem cresce EXPONENCIALMENTE em função do tamanho.
Mensagens de até 15
kilobytes chegam quase que instantaneamente. Mensagens de até 50 kilobytes apresentam uma
dificuldade mediana. Mensagens entre 50 e 500 kilobytes deixam de ser mensagem e já se
enquadram no patamar de Comunicação de Dados. E mensagens maiores devem ser enviadas com
técnicas especiais de compressão/descompressão.
Agora, voltando às
ferramentas, você mesmo pode fazer uma experiência. Experimente redigir uma carta, no
software que você usa habitualmente. Para poder comparar os resultados, elabore um texto
com apenas 1 letra e salve esse arquivo.
Depois vá até o menu
carregar e veja o tamanho do arquivo. Faça isso com outros softwares que você tem no seu
computador. Verá que embora a carta tenha apenas uma única letra, o tamanho do arquivo
é grande e é diferente, de software para software.
Os tamanhos variam em
função da versão do software, mas apenas para fixação de idéias, fiz isso em meu
computador e resultou nos seguintes tamanhos:
Word - 19.456 bytes -
formato DOC
Excel - 13.824 bytes -
formato XLS
Power Point - 8.192
bytes - formato PPT
Front Page - 334 bytes -
formato HTM
Bloco de Notas - 1 byte
- formato TXT
Como você pode ver, e
pode testar por conta própria, o Bloco de Notas é, de longe, a ferramenta "mais
econômica", isto é, que resultam de arquivos menores pois guarda somente os
caracteres digitados. Infelizmente o texto em si, quando redigido no Bloco de Notas tem
uma aparência horrível, sem estética nem cores pois o computador usa definições
padrões do sistema para apresentar o texto.
Desejando ter a opção
de mudar o tipo de letra, tamanho, cores, etc. então o Bloco de Notas já não serve. Em
vez de usar o Bloco de Notas, você pode usar o Word e salvar na opção "somente
texto". Dá na mesma.
Os programas de edição
e envio/recebimento de emails (OutLook, Eudora, etc.) conseguem trabalhar tanto com emails
SEM FORMATAÇÃO como também com emails FORMATADOS.
Os emails sem
formatação, trabalham com arquivos tipo TXT, são mais econômicos e resultam sempre em
arquivos menores. Deve-se dar preferência a estes.
Os emails formatados
são mais bonitos. Podemos sublinhar, colocar negrito, cor, escolher tipo de letra,
colocar cor no fundo, etc. mas resultam sempre em arquivos maiores. ENTRETANTO, esse
arquivo maior, ainda será menor que os arquivos gerados pelo Word, Excel, etc. pois o
formato utilizado pelo OutLook, Eudora, etc. é o formato HTM.
Imaginemos, agora, que
você já tenha um determinado texto e que este texto está no formato do Word, isto é,
no formato DOC.
Ora, você está vendo
que este formato é "esbanjador" de bytes e que se esse mesmo texto estivesse no
formato HTM o arquivo resultante seria bem menor e, portanto, despenderia um tempo muito
menor, tanto no envio como no recebimento.
Então, como fazer a
CONVERSÃO? Em vez de anexar, você deve converter.
Os softwares já possuem
um conversor interno. Então basta abrir o arquivo no próprio Word, marcar o trecho
desejado (ou o texto todo, se for o caso), ir para o Outlook e colar no próprio email. Os
dois softwares não são equivalentes, de modo que haverá algumas coisas feitas no Word
que estarão prejudicadas nessa transferência. Então é bom dar uma vista d'olhos no
resultado para ver se o importante está lá.
Para o futuro, aconselho
a familiarizar-se com o Front Page. Além de poder fazer o que você faz nos outros
softwares, os arquivos produzidos são totalmente compatíveis com a WEB, de modo que,
além de imprimir e distribuir, você poderá publicar como páginas da INTERNET.
Só como curiosidade,
quando fui presidente no Rotary Tatuapé (2001-02) pedi para a comissão do boletim,
utilizar o formato HTM nos boletins. Hoje, você pode consultar todos eles na INTERNET http://www.ebanataw.com.br/roberto/rotary/noticias/
Além disso, você pode
cadastrar a página nos mecanismos de busca como Google e Yahoo.
Experimente entrar no Google e pedir para pesquisar "rotary tatuapé". Ele
trará o endereço acima como um dos primeiros encontrados.
Imagine então, você
como companheiro atuante deve ter centenas de matérias que você andou preparando, uma
sobre a Fundação Rotária, outra sobre a Prova Quádrupla, IGE, etc. etc. etc. Agora
imagine todas essas matérias à disposição da comunidade Web, como se fosse um
Portfólio, sendo encontrado até pelos mecanismos de busca.
