Colaboração da companheira Janice Lelis Gondim Borges do RC de Araguari.

22/04/2008

Prezados companheiros amantes de culinária típica,
 
o cerrado produz alimentos que fazem parte de nosso cardápio diário, como a guariroba, gueiroba, gueirova, gueroba, ou outros nomes que surgem por lugares por onde essa palmeira é conhecida. Abaixo uma explicação da Wikipédia:
 
Guariroba é uma palmeira de estipe ereto, podendo atingir até 20 m de altura, copa crispada e deflexa. Folhas grandes de até 3 m de comprimento. Flores surgem em cachos durante a primavera até o outono. O seu fruto é dado em cachos, de coloração verde-amarelada, com uma amêndoa branca oleaginosa comestível. Frutifica de outubro a fevereiro. O cultivo desta palmeira é por sementes, embora cresça espontaneamente nas matas do Sudeste do Brasil. Prefere regiões de clima quente e solos bem drenados
Entre seus produtos destaca-se o palmito ou broto terminal. Considerado por muitos como verdura de sabor amargo - o que de fato é quando comparado aos palmitos doces das espécies da Mata Atlântica -, o palmito da guariroba é uma iguaria de largo aproveitamento culinário. Especialmente em algumas regiões de Minas Gerais e de Goiás.
Nas boas receitas de empadão goiano, por exemplo, acompanhamento perfeito para o colorido arroz com pequi (comentário de nosso companheiro Napoleão), é fundamental a inclusão de bons nacos do palmito amargo da guariroba. Alimento substancial e de tempero bem forte, o recheio desse empadão, juntamente com a guariroba, deve conter pedaços de frango, de preferência coxas, linguiças, batatas e ovos cozidos inteiros ou apenas partidos ao meio, e tomates maduros.
 

Salada de guariroba

 
Para os que gostarem, tem também o pastel de guariroba com frango, com catupiry, milho, ou outros. Uma sugestão: Aqueles que cruzarem a ponte Minas-Goiás (Ponte Quinca Mariano), indo no sentido Araguari-Corumbaíba-Caldas Novas, podem parar à sua direita logo que cruzarem a ponte, num barzinho que vende pastéis, e pedir um para 'aguçar o paladar'. Lá é nossa parada obrigatória todas as vezes que por lá passamos. Os pastéis são feitos na hora e são muito gostosos, sequinhos...
 
Bom, agora, outro assunto. Existe também uma fruta do cerrado chamada gabiroba, que embora tenha semelhança na grafia, não se trata da mesma coisa. Quando criança, era muito comum minha família ir apanhar gabiroba no mato (bons tempos aqueles!). Ainda de acordo com a Wikipédia,
 
A gabiroba, guabiroba ou guavira é o fruto produzido pela gabirobeira, um arbusto silvestre que cresce nos campos e pastagens do cerrado brasileiro. É um fruto arredondado, de coloração verde-amarelada, com polpa esverdeada, suculenta, envolvendo diversas sementes muito parecido com uma goiabinha. Ela pode ser consumida ao natural ou na forma de sucos, doces e sorvetes e ainda serve para fazer um apreciado licor.
 
 

Amigos, qualquer que seja sua opção, fizeram boa escolha. Nossa região tem comidas muito gostosas. Mas, antes de começarem a comer, não se esqueçam de pedir ao anfitrião Napoleão ou à querida Eliana um aperitivozinho que também faz parte: uma pequena dose de aguardente da terra ...

Bom companheiros, aproveitem bastante! Uma boa refeição se faz com bons alimentos, e sem dúvida, com excelente companhia, e todos vocês farão a diferença em Jataí....
 
Fiquem com Deus.
 
Janice Lelis Gondim Borges
RC Araguari
 
PS - não muito fã de guariroba, mas o prato preferido de minha sogra (94 anos), meu pai,e meus avós. Ou seja, o elo existe mesmo assim.