O tráfego de veículos pelas vias: |
|
|
ROTEIRO PARA CONSTRUIR UMA RODOVIA | ||
acessar com www.ebanataw.com.br/trafegando |
ATENÇÃO! Site em construção.
Este site destina-se a estudantes que pretendem
especializar em projeto de ruas, avenidas, estradas e também para leigos que
constatando falhas na manutenção da segurança como sinalização de alerta
deficiente possam acionar o poder público para que a segurança da via seja
prontamente restabelecida.
O site trata as questões técnicas de um forma bem
didática para facilitar a compreensão, especialmente, por parte de leigos, isto
é, pessoas que não têm familiaridade com os aspectos envolvidos numa via que,
legalmente, deveria ser segura não só para os veículos como também para os
condutores e passageiros assim como para os pedestres que também usam a via para
a sua locomoção.
Como são muitos os aspectos importantes que devem ser
analisados, separamos em capítulos e assim, facilitar a consulta em função do
problema.
ROTEIRO:
Passo 1- Definição da
CLASSE da via.
Uma via pode ser uma via Particular como uma viela de
casas, ou as áreas de circulação e estacionamento dentro de um shopping, uma via
Local se atende especificamente aos moradores para entrar e sair com seus
veículos, uma via Coletora onde veículos de serviços como ônibus e caminhões
servem a população local no transporte de passageiros e entrega de marcadorias,
gás, correios, uma via Arterial que oferece serviços e comércio ou uma via
Expressa que atende primordialmente a ligação entre pontos de destino de um
deslocamento rodoviário.
Passo 2- VDM – Volume Diario Médio
A segurança da via é definida em função da quantidade de
veículos que trafegam num determinado período de tempo, por exemplo 50 veículos
por hora.
As normas determinam que o VDM seja calculado em função
de uma projeção de uso da via no seu DÉCIMO ANO de uso. Então necessitamos de um
Urbanista que fazendo um Estudo possa nos dizer o VDM daqui a 10 anos. O número
de faixas, a necessidade de um canteiro central bastante largo que possa, na
medida em que aumenta a quantidade de veículos possa abrigar novas faixas e
outros fatores, como veremos, depende da evolução do VDM ao longo do tempo.
Passo 3- Diretrizes do Projeto
Uma via com baixo VDM pode ter uma pista simples com
duas mãos de direção, faixas estreitas, permitir pontos de parada de ônibus e
outras características técnicas. Já uma via com alto VDM, por exemplo VDM de
6.000, terá obrigatoriamente duas pistas, uma para cada direção, o acesso de uma
via lateral não poderá ser feito diretamente, sendo obrigado ter uma pista
lateral de acesso, os pontos de ônibus não poderão ser localizados na lateral da
pista sendo obrigado ter uma pista lateral auxiliar.
Para permitir uma alta taxa de uso, deverá ter uma
velocidade mínima para que veículos lentos não causem congestionamentos, as
curvas deverão ter um raio mínimo para que os veículos não sejam obrigados a
diminuirem excessivamente a velocidade a tal ponto de causar lentidão no
tráfego, as subidas deverão ter uma inclinação máxima para permitir uma
velocidade adequada mesmo para caminhões carregados.
Passo 4- Traçado
A distância mais curta entre dois pontos é uma reta mas
ao projetar uma rodovia, nem sempre será possível ou interessante ligar esses
pontos com uma reta.
Encontramos muitas ocupações que o traçado deve ou
convém desviar como cemitérios, hospitais, escolas, fora os obstáculos naturais
como montanhas e rios.
Além disso, o critério de segurança recomenda que não se
projete trechos retos muito longos pois em viagens longas esses trechos causam
uma monotonia e levam o motorista a pequenos perigosos cochilos.
Passo 5- Dispositivos de Segurança
São obras como Barreiras de Concreto construídas em
trechos críticos onde, ocorrendo um evento inesperado como o estouro de um pneu
ou derrapagem em dias de chuva, o veículo desgovernado não seja lançado para
dentro de um rio ou precipício profundo.
Uma barreira de concreto não evita a ocorrência do
evento inesperado, quem deve alertar para o perigo são as placas de sinalização
vertical, mas tendo ocorrido o evento, impede a ocorrência de outros eventos
como a queda num precipício o que poderá produzir outras vítimas.
Outro dispositivo de segurança são as Caixas de Brita
que localizadas em trechos de descida longa onde um veículo pesado possa
apresentar falha no sistema de freios por aquecimento excessivo, permitem que o
motorista lance o veículo desgovernado sobre a caixa que irá frear o veículo com
segurança.
Passo 6- Drenagem
Chuvas são eventos naturais e possuem intensidades
pluviométricas variáveis em função de diversos fatores. É ridículo um
responsável pela segurança da via afirmar que “choveu mais que o esperado” pois
o estudo da pluviometria nos dá exatamente a quantidade de chuva que pode
ocorrer num determinado período de retorno.
Abertura de crateras no pavimento em dias de chuva,
transbordamento com água passando e até levando parte da via por deficiência dos
bueiros (tubos enterrados debaixo da via para a passagem da água de um rio),
inundação de ruas com veículos e até pessoas sendo carregadas pela enxurrada são
resultados do Projeto da Via feito por técnicos sem o conhecimento necessário.
Passo 7- Dimensionamento da Base
A Base numa via é a camada de terreno cujo papel é
dissipar o peso do veículo aplicado pelas rodas.
Ao longo do traçado encontramos terreno firme,
pantanoso, rochoso e em cada trecho é necessário encontra o ponto de equilíbrio
entre o peso aplicado pelo caminhão pesado e a resisteência que o terreno tem
para aguentar sem afundar.
Requer o conhecimento de propriedades do material como a
elasticidade e a plasticidade, o índice de vazios e as resisências mecânicas à
compressão e ao cisalhamento.
Passo 8- Pavimento
O pavimento é a superfície onde rola o pneu dos
veículos. Deve ser meio áspera para assegurar uma boa aderência e evitar
derrapagens, deve ser plana para evitar trepidações e deve ser resistente à
abrasão, ao desgaste, e durar pelo menos um período de tempo longo para que o
tráfego não seja interrompida com muita frequência para a realização do
recapeamento.
Passo 9- Sinalização
Marcas viárias no solo e placas de orientação, alerta e
de regulamentação devem ser cuidadosamente localizadas para avisar, com a
atencedência necessária, a existência de área críticas como travessia de
pedestres, de aglomeração de escolares e indicadores de direção a seguir.
Há também a sinalização de emergência empregada em
locais onde tenha ocorrido um acidente com interdição parcial da via ou
sinalização preventiva quando há necessidade de reparos na via ou a execução de
serviços pela concessionária.
Passo 10- Ecologia
A proteção à fauna é uma preocupação relativamente ausente. Que tipo de animais
vivem naquele trecho? Quais são hábitos desses animais. Descolocam-se de um lado
para outro? Então devemos construir obras de travessia, seja por cima ou mesmo
por baixo para que os animais possam passar de
um lado para outro da via e, assim, evitar a travessia pela superfície de
rolamento.
|
NOTA: Este site é mantido pela equipe do engenheiro Roberto Massaru Watanabe e se destina principalmente para estudantes. Pelo caráter pedagógico do site, seu conteúdo pode ser livremente copiado, impresso e distribuido. Só não pode piratear, isto é, copiar e depois divulgar como se fosse de sua autoria.
ET-10\RMW\leitocarrocavel\Roteiro.htm em 26/12/2020, atualizado em 26/12/2020 .