Você já deve ter ouvido falar em Programação Neurolingüística. Parece uma coisa reservada somente para psicólogos que a usa para analisar a personalidade das pessoas.

Entretanto, a programação neurolingüística é uma coisa muito simples e todos nós praticamos no nosso dia a dia.

Na nossa mente, as função que não precisam ser "pensadas" são todas programações neurolingüisticas. Andar, por exemplo, é uma programação que a gente vai fazendo desde quando nascemos. Talvez nas primeiras vezes em que tentamos andar tivéssemos necessitado pensar. Mas na seqüência de tentativas e erros (levantar/cair) o nosso cérebro foi mentalizando (programando) quais são cada um dos músculos importantes para andar direito.

Da mesma forma, tomar água, escrever e tantas outras ações que praticamos são desempenhadas sem pensar, de forma mecânica, comandada pela programação neurolingüística.

As autoridades de trânsito, já nos idos de 1940 quando os automóveis atingiam a "fantástica" velocidade de 50 quilômetros por hora já sabiam que a programação neulingüística poderia racionalizar e agilizar as comunicações via placa com as pessoas que transitam pelas ruas.

Para entender como isso funciona, vamos fazer um exercício.

EXERCÍCIO para demonstrar como podemos programar nossos neurônios.

 

Observe rapidamente, sem se ater aos detalhes, a seguinte figura:

Existem inúmeros simbolos desenhados em formato diferente e em cores diferentes também.

Então, afaste-se pelo menos 2 metros da tela e procure responder rapidamente à pergunta: Quantos simbolos existem no painel?

 

Obviamente, estando distante da tela do monitor, você terá dificuldade em contar os simbolos pois estão distribuidos de forma aleatória.

 

Então, vamos nos valer da Programação Neurolingüística para facilitar a contagem.

Vamos mudar a pergunta "Quantos símbolos existem no painel" por outra pergunta: Quantos símbolos azuis existem no painel?

Você vai observar que os simbolos estão dispostos mais ou menos em linha de acordo com as cores. Então, ao pronunciar a palavra "AZUL" (você deve pronunciar e não apenas pensar) esse som "AZUL" vai entrar pelo seu ouvido e sensibilizar o cérebro.

É mais ou menos o seguinte: "Não pense no suculento hamburguer". Mesmo não querendo, mesmo sendo proibido, sua mente vai pensar no hamburguer. A gente não tem controle total sobre o nosso cérebro.

Então, quando olhamos o painel do exercício, pronunciando (falando em voz alta) antes a pergunta Quantos símbolos azuis existem no painel? , mesmo estando a 2 metros da tela do monitor, você não terá dificuldade em perceber que existe uma linha quase horizontal com 5 simbolos, depois, mais a baixo, outra e outra e outra, totalizando 4 linhas contendo, cada uma, 5 simbolos.

Quando você falou a palavra "AZUL" ou "AZUIS", você programou o seu cérebro para dar maior importância à cor azul e com isso as outras cores ficaram um pouco apagadas e menos visíveis.

Em vez de "azul" podemos repetir o exercício com "amarelo" ou "vermelho".

Aplique o exercício com outras pessoas, só que você é que vai fazer a pergunta para que essa outra pessoa responda. Você mostra o painel, faz a primeira pergunta e deixa a pessoa olhar o painel por pouco tempo (uns 4 segundos). Depois mostra de novo o painel e faz a segunda pergunta e deixa outro pouco tempo.

Outro exercício interessante é quando estamos no cruzamento aguardando o sinal (semáforo, sinaleiro) abrir para nós, fazemos a seguinte afirmação: "Gente! Veja quantas placas tem nesse cruzamento!". Você verá que invariavelmente as pessoas (e principalmente as crianças) irão responder: "ONDE?" demonstrando que elas não conseguiram sequer perceber as placas. Então você deve fazer outra afirmação: "Gente! Veja quantas placas verdes tem nesse cruzamento!". Você ouvirá, em resposta, afirmações do tipo: "É mesmo!" sinal de que as pessoas conseguiram perceber, ver e enxergar as placas.

É assim que se faz uma programação neurolingüística. É assim que tiramos proveito da programação neurolingüística.

As autoridades de trânsito já sabiam disso e já naquele primeira Convenção Interamericana realizada em 1943 já definiram algumas cores como cores padrão.

CORES PARA CADA SITUAÇÃO DE NECESSIDADE DO TRANSEUNTE

As cores, no trânsito, pocuram responder a determinadas perguntas feita pelo transeunte (a pé ou de carro).

Não são muitas as perguntas que fazemos.

Quando vamos a determinado local, começamos a caminhada com uma primeira pergunta do tipo:

PRÁ QUE LADO?

Quando você estiver andando na rua e quiser saber para que lado, para que direção, para que sentido caminhar, então deve pronuciar (em voz alta, para seu ouvido ouvir com clareza) a palavra VERDE. Parece ridículo, você andando sozinho na rua (a pé ou de carro) e falar alto: "VERDE!", mas funciona. Você deve tentar para ver que funciona mesmo.

Nessa hora, sua mente será programada para perceber, ver e enxergar as placas de cor verde.

Na Convenção Internacional foi definido que a placa de cor verde serve para indicar uma direção a seguir. Então as placas de cor verde possuem sempre uma seta (flecha) que indica a direção e sentido a seguir.

PADRÃO DA COR VERDE

MUNSELL 10G3/8

O padrão a ser usado para o tom do verde é o que está definido como padrão 10G3/8 no sistema Munsell de cores. Quem não conhece o Sistema Munsell pode ver mais detalhes em http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_cores_de_Munsell

No mundo todo, segundo a Convenção Internacional de Trânsito, as placas de indicam direção (conhecidas como placas de orientação) são verdes e possuem uma seta.

Canadá:	Hong Kong:	China:	Israel:	Estados Unidos:

Assim, pronunciando a palavra "VERDE" nos cruzamentos, você vai conseguir chegar nas proximidades do teu destino.

Chegando perto do destino, a pergunta deverá mudar para algo do tipo:

ONDE ESTOU?

Quando você estiver andando na rua e quiser saber onde (que bairro, que rua, etc.) está deve pronunciar a palavra "AZUL!" Nessa hora você verá que todas as placas azuis ficarão em destaque, mais visíveis.

Na Convenção Internacional foi definido que a placa de cor azul serve para identificar o local em que você está. Então, o nome do bairro, o nome da rua e até o número da casa é apresentado em placa de cor azul.

O padrão a ser usado para o tom do azul é o que está definido como padrão 5PB2/8 no sistema Munsell de cores.

Por que até os números das casas devem ser apresentados em placas de cor azul? É para responder à pergunta: Onde estamos? A que altura da rua estamos? Então, as pessoas que colocam o número da casa em placa de cor diferente da azul está, na verdade, deixando de prestar um serviço público aos transeuntes.

No mundo todo, segundo a Convenção Internacional de Trânsito, as placas que identificam um local (conhecidas como placas de identificação) são azuis.

Chegando ao destino objetivado, você vai querer estaconar o carro e não sabe se pode ou não. Então deve procurar uma placa regulamentativa que diga o que pode e o que não pode ser feito.

PODE?

Na Convenção Internacional foi definido que a placa de cor branca com moldura vermelha serve para regulamentar o local. Então, o que pode e o que não pode ser feito no local é apresentado em placa de cor branca com moldura vermelha.

Quando a regulamentação é para proibir, então a placa branca com moldura vermelha ganha uma tarja vermelha cruzando a placa diametralmente.

TURISMO

As orientações e informações turísticas ganharam uma cor especial, exclusiva que é a cor marrom.

Na Convenção Internacional foi definido que a placa de cor marrom serve para dar orientações e informações de turismo.

O padrão a ser usado para o tom do marrom é o que está definido como padrão 10R3/8 no sistema Munsell de cores.

ADVERTÊNCIA

Durante a sua caminhada, a pé ou de carro, certas situações devem ser valorizadas. Para isso existem placas de advertência e de alerta.

Na Convenção Internacional foi definido que a placa de cor amarela serve para advertir as pessoas.

O padrão a ser usado para o tom do amarelo é o que está definido como padrão 10YRMAX no sistema Munsell de cores.

Quando você está viajando e dirigindo em uma estrada de boa qualidade, seu nivel de atenção tende a diminuir um pouco. Então, as placas existente ao longo da estrada se tornam meio que apagadas e não são percebidas com a devida importância. Então, por questão de segurança, é bom você pronunciar, de vez em quando, a palavra "AMARELO". Isso produz uma programação neurolingüística no teu cérebro, aumentando a percepção para a cor amarela.

Já pensou atropelar uma animal no meio da estrada? E não adianta se defender dizendo que não tinha visto a placa!

EMERGÊNCIA

As situações de emergência são todas sinalizadas com a cor vermelha.

É por isso que o extintor de incêndio é vermelho, as portas de saída de emergência são vermelhas, os veículos dos bombeiros são vermelhos, as ambulâncias de resgate são vermelhas e, também, as placas de sinalização de rua que indicam emergência são vermelhas também.

Na Convenção Internacional foi definido que a placa de cor vermelha serve para indicar uma situação de emergência.

O padrão a ser usado para o tom do vermelho é o que está definido como padrão 7,5R4/14 do sistema Munsell de cores.

RMW\narua\placaescolares.htm em 12/06/2009, atualizado em 09/12/2017.