PÁRA-RAIOS TIPO FRANKLIN |
Dentre os inúmeros tipos de captores, o mais antigo, mais comum e mais usado é o captor Franklin vulgarmente conhecido como Pára-raios Franklin. Benjamin Franklin tinha uma tese segundo a qual o trovão nada mais era que eletricidade. Para provar sua tese, Franklin realizaou a famosa experiência da pipa (antigamente denominava-se papagaio, capuxeta ou pandora) no dia 1º de outubro de 1752 durante uma tespestade.
O pára-raios Franklin é um captor metálico que tira proveito do "efeito das pontas" que facilita a passagem de um arco voltáico entre o captor e o ar atmosférico e vice versa.
Figura 1:
Pára-raio Franklin. |
É fabricado com material super-resistente à passagem de corrente elétrica elevada. Um pedaço de ferro comum, por exemplo, derreteria com a passagem de um raio.
O captor Franklin protege tudo que estiver à sua sombra segundo um cone com vértice na ponta do captor.
Figura 2: Efeito do Cone de Proteção |
Na medida em que nos afastamos da ponta, diminui o efeito de proteção do captor.
A norma brabileira NBR-5419 estabelece limites máximos para considerar o efeito de proteção.
Para prédios baixos até 20 metros (entre a ponta do captor e o terreno), a norma considera protegida todos os edifícios localizados dentro de um cone que tenha abertura de até 45 graus.
Figura 3: Cone de proteção para edifícios baixos. Para prédios com altura até 30 metros (entre a ponta do captor e o terreno), a norma considera protegida todos os edifícios localizados dentro de um cone que tenha abertura de até 35 graus.
Figura 4: Cone de proteção para edifícios de altura média. Para prédios com altura até 45 metros (entre a ponta do captor e o terreno), a norma considera protegida todos os edifícios localizados dentro de um cone que tenha abertura de até 25 graus.
Figura 5: Cone de proteção para edifícios de altura média. |
A norma não considera protegida as áreas situadas a mais de 45 metros de distância do captor. Lembre-se, como dito acima, o efeito do captor diminui com a distância.
Figura 6: Efeito do Cone de Proteção |
Se o efeito é muito pequeno (fraco), ou inexistente, o que pode acontecer nessas áreas localizadas em pontos muito distantes do captor?
Figura 7:
Raios conseguem atingir áreas sob o captor pois o efeito dele é muito fraco. |
Se o captor não consegue mais exercer proteção em áreas distantes, o que fazer?
RESPOSTA: Devemos instalar mais um captor. No caso, não é possível instalar um captor tipo Franklin. Então instala-se um captor tipo cabo de Faraday. O efeito do Cabo de Faraday se dispersa seguindo um ângulo de 450.
Figura 8: Efeito de um segundo Captor: |
A distância de proteção do Cabo de Faraday não é muito grande. A norma limita essa distância em 20 metros. Então, para prédios com mais de 65 metros (21 andares) é necessário instalar um terceiro captor.
Assim, de 20 em 20 metros vai se completando a área de proteção com captores do tipo Cabo de Faraday. Um esquema geral para um prédio de até 105 metros é o seguinte:
Figura 9: Esquema Geral: |
RMW\Raios\Franklin.htm em 09/09/2011, atualizado em 30/12/2014.