NÍVEIS DE PROTEÇÃO

Um prédio residencial que tem uma cobertura de telhas metálicas, localizado no topo de um morro, isolado sem outros prédios ao redor, onde moram pessoas e que tenham aparelhos eletrônicos sensíveis e caros requer um Nível de Proteção muito maior que um prédio residencial que tem uma cobertura de concreto, localizado numa região plana no meio de outros prédios mais ou menos do mesmo porte onde moram pessoas que tenham aparelhos eletrônicos comuns.

Predios que mesmo não sendo ocupado por pessoas mas que tenham aparelhos especiais e caros como centrais telefônicas e também peças raras e caras como quadros famosos em museus também requererem Níveis de Proteção elevados.

As normas brasileiras prevêem 4 Níveis de Proteção, identificados por algarismo romano I, II, III e IV.

Vejamos os principais Fatores que devem ser levados em consideração na determinação do Nível de Proteção de um edifício. Os fatores estão relacionados na ordem direta do grau de risco, isto é, primeiro os maiores riscos.

Os fatores não correspondem exatamente aos fatores apresentados pelas normas pois o assunto é de alta complexidade e para facilitar a compreensão de pessoas leigas fizemos algumas simplificações, porém com o cuidado de não mudar, alterar ou  desvirtuar as consideração técnicas estabelecidas.

 

FATOR A - TIPO DE OCUPAÇÃO:

- Escola, Hospitais, Creche, Asilo;

- Igreja, Teatro, Cinema, Museu, Loja, Estações, Terminais, Aeroportos, Estádios;

- Residencias e Escritórios;

- Fábricas, Oficiais, Laboratórios;

- Casas Térreas.

FATOR B - TIPO DE CONSTRUÇÃO:

- Qualquer tipo de construção com Teto de Palha;

- Qualquer tipo de construção com Cobertura Metálica;

- Qualquer Estrutura de Madeira com Cobertura Não-Metálica;

- Estrutura de Alvenaria ou Concreto com Cobertura Não-Metálica;

- Estrutura de Aço ou Concerto com Cobertura Metálica;

- Estrutura de Concreto com Cobertura Não-Metálica;

- Estrutura de Açõ com Cobertura Não-Metálica.

FATOR C - CONTEÚDO:

- Escola, Hospital, Creche e outros locais com afluência de Pessoas;

- Museus, Galeria de Arte e outros locais com Objetos de valor elevado;

- Subestações Elétricas, Usinas de Gás, Centrais Telefônicas, Estações de Rádio;

- Residências, Escritórios, Fábricas, Oficinas.

FATOR D - LOCALIZAÇÃO:

- Prédio isolado ou mais alto (2X) que outros prédios vizinhos e árvores;

- Prédio mais ou menos do mesmo porte que os demais (poucos) prédios e árvores;

- Prédio mais ou menos do mesmo porte que os demais (bastante) como nas cidades ou na floresta densa.

FATOR E - TOPOGRAFIA:

- Regiã

- Região Montanhosa com picos altos de mais de 900 metros de altura;

- Região Montanhosa com picos médios entre 300 e 900 metros de altura;

- Elevações Moderadas, Colinas;

- Planície.

A norma brasileira NBR-5419 apresenta uma Tabela (Tabela B-6) com diversos exemplos do Níveis de Proteção.

Para facilitar a compreensão, reproduzimos a tabela:

 Os Captores oferecem um cone de proteção (parece um guarda-chuva) sob o qual as coisas e pessoas ficam protegidas da queda do raio.

 

O ângulo de proteção é fixado pela norma em função do Nível de Proteção e da Altura do edifício.

Para Nível de Proteção III onde encaixa a maioria dos Prédios Residenciais fixa o angulo de proteção em:

Para prédios baixos, até 20 metros de altura, o ângulo de proteção do Captor é de no máximo 45 graus. O que estiver dentro do cone estará protegido. Veja um desenho ilustrativo:

Para prédios médios, até 30 metros de altura, o ângulo de proteção do Captor é de no máximo 35 graus:

Para prédio altos, até 45 metros de altura, oângulo de proteção do Captor é de no máximo 25 graus:

Prédios mais altos que 45 metros ou, em média, 15 andares incluindo o térreo, o barrilete, a casa de máquinas e a caixa d'água superior, deve ser instalado outros captores intermediários. O Cabo de Descida, quando desencapados e isolados servem de Captor e protege toda a superfície da parede lateral das fachadas do prédio. Veja mais detalhs sobre a proteção lateral em .

Nota Importante: As figuras acima ilustram os ângulos de proteção para o Nível III de proteção. A maioria dos Prédios Residenciais se enquadram neste nível de proteção mas há casos de Prédios Residenciais que se enquadram no Nível II e até no Nível I de Proteção.

Isto vai depender da localização da rede de gás, das condições locais de armazenamento dos recipientes de gás, da localização do reservatório do combustível do Gerador de Eletricidade de Emergência e outros fatores técnicos como a localização (local plano, topo de morro), se o prédio tem muitos componentes metálicos (gradil, janelas) nas fachadas ou se na cobertura tem um telhadinho da churrasqueira coberto com telhas metálicas, se o prédio fica perto de uma torre de TV ou de Celular.

A importância do enquadramento correto não é tanto pelo aspecto administrativo mas sim pela qualidade da proteção. Tenho encontrado muita Queima de Televisores e Computadores por falha da proteção lateral em prédio altos onde o Raio "dá a volta" no cone de proteção:

São questões de difícil solução nas Cias de Seguro pois a cobertura de Queda de Raios será necessário apresentar um Laudo Técnico comprovando que houve Queda de Raio no Prédio e essa comprovação se faz por meio de um "rastro" que eventualmente tenha ficado nas paredes onde o raio "passou queimando", situação que não é muito comum. Então é melhor fazer uma instalação de SPDA bem feita que consiga evitar essas situações.

Para certeza do enquadramento correto do teu prédio, recomendamos consultar um especialista em SPDA. O especialista, além da orientação correta para a escolha da firma e também para a manutenção do SPDA, vai analisar o Projeto de Proteção apresentado pela firma especializada verificando se todos os cantos, quinas e paredes das fachadas estarão adequadamente protegidas contra a Queda de Raios.

RMW\Raios\NiveisDeProtecao.htm em 11/01/2010, atualizado em 31/12/2014.