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A INFÂNCIA É UMA FASE IMPORTANTE NA FORMAÇÃO DO CARÁTER DO SER HUMANO.

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Um jovem de 19 anos, Roberto Massaru Watanabe, que mora na Cidade Patriarca, está empenhado numa missão que normalmente caberia às autoridades, ao governo e até aos pais: ele deseja que as crianças voltem a brincar, brincar, simplesmente brincar.

Roberto acha que a meninada já não sabe mais brincar. Os meninos gostam de pegar em revólveres e dar tiros ou dirigir volantes (para parecerem homens), enquanto as meninas só querem saber de bonecas, de cozinhar com suas panelinhas ou de "ser mãe e filha". Brincar, folgar, distrair-se realmente, sem disputas nem pensar no que serão no futuro, quase ninguém mais quer.

Foi por isso que o Roberto resolveu fazer um levantamento. Ele, que já terminou o científico e agora pretende ingressar na Arquitetura, foi a um grupo escolar (o de Vila Guilhermina), pediu permissão à diretora e fez uma enquete entre os escolares. Queria saber do que aquelas criança gostavam de brincar.

"Pelas respostas - disse Roberto - vi que quase nenhum dos escolares sabe ou não quer brincar.    Todos pensam em revólveres, em luta de box, em bicicleta, em bonecas, em fogões, etc.   Por essa razão, resolvi classificar os brinquedos ou melhor os folguedos, inicialmente, em 5 grupos que seriam destinados de acordo com as idades das crianças: 
10 grupo: o pega-pega - como piques, mãe da rua, fortunato e outros (preciso dizer que os nomes dos folguedos mudam de nome de bairro para bairro); 
20 grupo: o grupo simples - podem ser incluídos a amarelinha, empinar papagaio, pião, lenço atrás, etc.; 
30 grupos compostos: folguedos de mosqueteiros, pica-pau, queima e acusado; 
40 grupo: folguedos de jogos, como trilha, peteca, quebra-cabeça, etc.; e 
50 grupo: folguedos de competição - pau de sebo, corda, cavalinho e outros."

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O jovem Roberto pretende com essa sua idéia, que ainda vai ampliar e melhorar, dar novamente às crianças o sentido de que devem brincar sem disputas, sem brigas nem competições diretas, onde não hajam vencidos nem vencedores, mas apenas crianças que se divertem sem outras preocupações: apanas brincar e ser felizes.

Roberto, em seus estudos e planos, filho de japoneses que é, incluiu entre os folguedos vários de procedência japonesa, que divulgará breve. Vai classificar tudo, conforme as idades, sexo e de acordo com as etações do ano: haverá folguedos para o verão e para o inverno.

Sua intenção é uma só: que as crianças voltem a rir, alegres e despreocupadas, sem disputas nem utiizando brinquedos que imitam a atividade dos adultos.


Publicação da Folhinha de São Paulo de 16 de janeiro de 1.966.

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Conheça o autor que acha que criança nasceu para brincar e ser feliz.
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\crianca\cffolhaa.htm em 17/02/2001, atualizado em 12/10/2007.