Uma parede, mesmo não sendo do tipo Estrutural, precisa ao menos resistir ao seu próprio peso, isto é, ela precisa ficar em pé. Essa parede exerce um esforço sobre o baldrame da fundação, isto é, todo o peso da parede é transferido para o baldrame. Separando a parede do baldrame, podemos ver o esforço da parede sobre o baldrame na forma de uma carga uniformemente distribuída e com valor unitário q. 

Normalmente, não é apenas o peso próprio da parede que atua sobre as fundações pois as parede costumam suportar lajes e telhados. Como será que flui uma carga aplicada uniformente no topo da parede?

Ela flui uniformemente através da parede. A carga aplicada com o valor q₁ mais o peso próprio da parede resulta na carga q₂ aplicada sobre o baldrame.

E, o que acontece quando se aplica no topo da parede uma carga concentrada, como o apoio de uma tesoura do telhado?

Ocorre uma dispersão da carga concentrada que vai se espalhando gradualmente até atingir toda a largura da parede. O ângulo de dispersão varia, geralmente, entre 30⁰ e 60⁰ conforme a isotropia dos materiais que constituem a parede. Simplificadamente, podemos considerar um ângulo genérico de 45⁰. Mesmo que a carga seja concentrada no topo da parede, as cargas chegam ao pé da parede na forma de esforços uniformemente distribuídos.

O que acontece com o fluxo das cargas quando a parede possui uma abertura? Uma porta, por exemplo.

O fluxo uniforme que vinha descendo pela parede sofre um desvio passando a fluir pelas paredes laterais à abertura. Obviamente, o esforço atuante nestas paredes são maiores pois temos menos seção transversal para suportar as cargas.

Se, em vez de porta, tivermos uma janela, o que acontece com o fluxo das cargas na parte inferior ao peitoril da janela?

O fluxo que estava um pouco concentrado com valor q1, volta a se dispersar até ocupar toda a seção transversal da parede e chegado ao baldrame com o valor uniforme q2.

\janelas\janelacarga.htm em 28/07/2010, atualizado em 01/08/2010.