CASOS - MANCHAS DE UMIDADE EM PAREDES E TETOS DE COZINHA E BANHEIROS DE CASAS E APARTAMENTOS |
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ATENÇÃO: As fotrografias a seguir, apresentadas nesta página, são fotos de casos comuns de manchas de umidade em paredes e tetos de cozinhas e banheiros de casas e apartamentos e seus tamanhos foram reduzidos ao máximo para não causar má impressão no internauta.
CASO N0 3 - MANCHAS NO TETO DE COZINHAS E BANHEIROS.
Manchas no teto, produzido por infiltrações na laje ou por falha na impermeabilização da cobertura ou por ausência ou falha de impermeabilização no banheiro ou na cozinha do pavimento de cima.
Na atualidade, qualquer pessoa se julga apta a realizar serviços de impermeabilização.
Isso acontece por que não há fiscalização (não há quem fiscalize), não há escolas públicas que ofereçam cursos para Técnico em Impermeabilização e porque também, há farto material à venda nas lojas do ramo como tintas, mantas e outros produtos que "prometem" impermeabilidade total e permanente sem necessidade de mão de obra especializada, apelando até para o "faça-você-mesmo".
CASO DO BANHEIRO
No caso do piso do banheiro, há até lei que obriga as construtoras a impermeabilizarem o piso de banheiros e cozinhas. Diz a Lei NO 8.266 da cidade de São Paulo: "Art. 82- ... revestido de material durável, liso, impermeável e resistente a freqüentes lavagens".
Já vi muitos Manual do Proprietário recomendarem que a "o piso da cozinha não pode ser lavado devendo se passar um pano úmido" contrariando a lei.
A solução ideal é quebrar todo o piso da cozinha ou do banheiro e fazer a impermeabilização que a construtora deveria ter feito durante a construção do prédio.
Isso é muito complicado pois a mancha que aparece no teto do teu apartamento é produzido por falhas na impermeabilidade do piso do apartamento de cima. Vai dar briga feia com repercussões até na Justiça Cível.
Então, eu acho que a solução é aceitar aquela recomendação que a Construtora colocou no Manual do Proprietário e apenas passar um pano úmido no chão.
CASO DA LAJE DE COBERTURA
No caso da laje de cobertura, pode até a impermeabilização ficar bem feita mas uma boa parte dos "técnicos em impermeabilização" não levam em conta que a manta de impermeabilização, que é feita de material betuminoso, é sensível ao calor e no dia a dia, o calor do sol incidindo diretamente sobre a laje irá aquecer e esfriar a manta num ciclo que vai promover a deterioração do betume tornando a manta dura e quebradiça em poucos anos.
Não basta ter um contrapiso e um revestimento sobre a manta. Isso não consegue impedir que o calor do sol chegue até a manta. Em dias quentes de verão, o sol forte vai esquentar o piso e o contrapiso podendo chegar a valores de temperatura de 600C ou mais. Você mesmo pode verificar isso - veja se consegue ficar descalço em cima de uma laje quente.
O calor deteriora a manta e ele mesmo sabe, inconcientemente, disso e toma muito cuidado com o maçarico no ato da solda das partes evitando aquecer a manta demasiadamente pois ela se deteriora na hora ficando dura e quebradiça.
Então, para proteger a manta contra o calor do sol, é necessário aplicar sobre a manta um material que seja isolante térmico.
Se o local não é usado, então você pode colocar blocos cerâmicos sobre a laje. Não precisa usar argamassa, os blocos não precisam ser assentados - basta deixar solto sobre a laje. O bloco cerâmico é um excelente isolante térmico e com isso o calor do sol não consegue chegar até a laje. Isso resolve um outro problema que é o calor que a laje solta para baixo, para dentro do quarto, durante a noite dificultando o teu sono.
Vi uma vez uma reportagem na TV que mostrava que em algumas regiões do Brasil, as pessoas mantinham a laje cheia da água como se fosse uma piscininha. Mas era pouca água, coisa de 5 centímetros. Veja, é uma solução aparentemente muito interessante pois a água evita que a laje fique muito quente. Mas, mesmo com a água, é fácil a água atingir temperaturas acima de 400C, ponto em que já começa a ocorrer deterioração do betume. Então a longo prazo é uma solução que não funciona.
Uma solução muito boa é colocar um telhado sobre a laje evitando, assim, que os raios solares cheguem até a laje.
Agora, se o local é usado então não tem outra alternativa que quebrar todo o piso e fazer a impermeabilização do jeito que a construtora deveria ter feito durante a construção do prédio. Não tem alternativa porque não será possível emitir um Manual do Proprietário e exigir que São Pedro não mande mais chuva sobre a laje de cobertura.
Veja uma solução completa inclusive com detalhes no entorno do ralo.
LIXIVIAÇÃO:
Outro caso que ocorre com muita freqüência é o de infiltração de água com dissolução de componentes do concreto.
Chama-se lixiviação e no processo, os carbonatos são dissolvidos e carriados para fora do concreto. Ao chegarem à superfície, os carbonatos dissolvidos precipitam formando crostras que se aderem fortemente e de cor esbranquiçadas.
São manchas difídeis de serem removidas.
Alguns tentam remover aplicando acidos. Mas o ácido ataca também as placas de revestimento causando outras manchas.
A causa pode estar na confecção da argamassa. Pode ser na argamassa de assentamento, pode ser na argamassa do contrapiso e pode até ocorrer com o concreto da laje.
Com o tempo, o componente agredido vai perdendo resistência (pela perda dos carbonatos). Quando isso acontece com a argamassa de assentamento, as placas começam a se soltar.
Outra causa poderia estar ligado à água da chuva com alto teor de acidez. Pode também estar relacionado com a agressividade de detergentes empregados na limpeza e lavagem do local.
O mais grave não é nem tanto as manchas esbranquiçadas mas sim a perda de resistência do componente.
JUNTA DE DILATAÇÃO:
Outro caso de infiltração ocorre na falha de manutenção das Juntas de Dilatação.
As Juntas de Dilatação térmica devem permanecer sempre limpas.
Entretanto, é comum encontrarmos juntas cheias de areia e às vezes, o que é muito grave, com o desenvolvimento de vegetação.
O surgimento de vegetação na Junta de Dilatação é grave pois o vegetal agride os componentes da impermeabilização, geralmente componetes à base de betume e que são muito apreciados pelas raízes. Com isso, entram em colapso não só a impermeabilização como o mata-junta (fugenband) ocasionando situações como o da foto:
ALGAS
Outra situação é quando o vazamento persiste por longo tempo.
Se, além do tempo, houver contribuição com material orgânico (no caso de esgoto doméstico) ocorrerá a instalação de algas. Não havendo incidência de raios solares no local, então as algas serão do tipo marrom.
Havendo luz no local, surgião algas com clorofila e portanto esverdeadas.
Depois que foi resolvida a fonte da umidade, então você pode pensar em resolver a questão da mancha. Embora se deva resolver caso a caso pois a profilaxia vai depender das condições locais, veja uma solução universal que funciona na maioria dos casos em
RMW\patologia\profilaxiaCaso3.htm em 12/07/2009, atualizado em 31/12/2021.