São muitas as oportunidades de uso político dos recursos naturais.

O mais simples e imediato são os tradicionais "cabides de emprego" onde ativistas partidários são premiados com cargos públicos muito bem remunerados em Secretarias e Autarquias.

Outra forma é "passar o pires" nas entidades internacionais como o Banco Mundial, o USAID, o JBIC e inúmeros outros para trazer recursos financeiros de fora. Uma parte desses recursos são sempre aplicados nas obras.

A forma mais comum é fazer afirmações em época de campanha do tipo "Beberei desta água até o final da minha Gestão". Isso rende muitos votos. Mas todos sabemos que não se deve matar a galinha dos ovos de ouro.

No caso das obras intituladas Projeto Tietê, foram canalizados recursos da ordem de três bilhões de dólares, buscando dinheiro até em órgãos de financiamento no Japão. Durante cinco anos e com muitos transtornos para o trânsito foram concluidas as obras de alargamento e aprofundamento da calha do Rio Tietê e havia muitas faixas com os dizeres "Três Anos Sem Enchentes no Tietê".

Uma obra essencialmente política sem estudos hidráulicos e que não resolveu o problema das enchentes. No dia 25 de maio de 2005 a cidade de São Paulo parou.

\RMW\recursoshidricos\rhb04.htm em 21/03/2008, atualizado em 08/01/2009.