A
coqueluche da década de 40 eram as matinês do Cine São Jorge. Famílias inteiras se
preparavam para irem ao cinema nas tardes de domingo. Naquela época, 2 padarias disputavam a freguesia: São
Paulo e Rio de Janeiro. O principal meio de transporte era o bonde elétrico e havia um
forte centro comercial na rua Antonio de Barros, onde existia até um Mercado Municipal.
Curiosidade era o bebedouro para cavalos instalados ao lado da estação Quinta Parada.
Já na década seguinte, o
"chique" era morar no Parque São Jorge. Bairro de ricos ficou logo famoso,
tinha um ponto final de bondes e frequentava-se o Corinthians onde os associados podiam
andar de barco, praticar de esportes aquáticos e pescar no
rio Tietê.
Na década de 60 faziam sucesso as
fábricas e outros 2 cinemas: o Cine Aladin e o Cine São Luiz. As fábricas de motores,
componentes elétricos e principalmente as tecelagens formavam o grande contingente de
trabalhadores da zona Leste que faziam suas compras na rua Vilela. |
Todas
aquelas linhas de ônibus que serviam bairros como a Vila Matilde e Arthur Alvim passavam
pela rua Vilela e pela passagem de nível que lá havia.Em 70 o comércio forte que existia na avenida
Celso Garcia nas proximidades da rua Tuiuti, atravessou os trilhos da Central do Brasil e
foi parar na Praça Silvio Romero, onde sofreu forte diversificação tendo lojas de todos
os segmentos como armarinhos, confecções, bancos, comércio em geral e prestação de
serviços.
Depois subiu pela rua Serra do Japi e foi
parar nos Altos Tatuapé, na região da Professor Pedreira de Freitas e da Emília
Marengo. De um lado tendeu para o setor residencial e de outro para o comércio de
serviços.
Hoje assistimos à integração dessa
área com a área do novo shopping através da rua Eleonora Cintra que começa a perder a
característica residencial, em que muitos investiram, para ganhar características
eminentemente de comércio de prestação de serviços.
O que nos aguarda na
virada do milênio? |