PEDESTRES - FAIXA ETÁRIA

Referência: Manual de Projeto Geométrico de Travessias Urbanas - Publicação IPT-740 - Ministério dos Transportes - Insituto de Pesquisas Rodoviárias.

A interferência de pedestres no tráfego de veículos constitui um dos grandes problemas a serem considerados no planejamento e projeto de uma rodovia. Sua presença tem que ser levada em conta, tanto nas rodovias rurais (estradas e vias expressas) e também nas vias urbanas (avenidas, ruas e praças).

O pedestre urbano, sendo em muito maior número, influencia mais o projeto de rodovias que o pedestre rural. Devido à grande demanda do tráfego de veículos nas áreas urbanas congestionadas, frequentemente é muito difícil tomar medidas adequadas
para atendimento dos pedestres. Entretanto, essas medidas são indispensáveis, porque os pedestres são parte essencial das áreas urbanas, principalmente na área central e demais centros de comércio.

O atendimento dos pedestres inclui passeios públicos, faixas exclusivas para travessia, dispositivos de controle de tráfego, alterações dos meios-fios para instalação de rampas ou rebaixamento do nível da calçada, para atender aos idosos ou com dificuldades de locomoção etc. Incluem, também, paradas de ônibus e terminais de embarque e desembarque, passarelas, passeios laterais, escadas e rampas de acesso.

Para planejar e executar projetos urbanos é necessário entender o comportamento do pedestre. O pedestre normalmente não andará mais de 1,0 km para pegar um ônibus, ou 1,5 km para chegar ao trabalho, cabendo observar que a sua maioria percorre menos que 400 m. O pedestre típico é principalmente um comprador em grande parte do tempo e apenas em uma pequena parte do dia está se deslocando para o trabalho. Como consequência, os volumes de pedestres atingem seu pico perto do meio-dia e não nos momentos de ida e volta ao trabalho. Os volumes de pedestres também são influenciados pelas condições do tempo e pelas liquidações.

Pedestres preferem caminhar no mesmo nível, evitando passagens subterrâneas e passarelas, por mais bem projetadas e seguras que sejam. Afinal, tais dispositivos são desvios dos seus trajetos naturais, frequentemente aumentando o tempo de percurso, a distância a percorrer e o dispêndio de energia. Além disso, passagens subterrâneas são potenciais áreas de crimes, o que reduz seu uso.

edestres não utilizam toda a largura da calçada durante seu percurso. Em geral, mantêm-se afastados, no mínimo, 0,45 m das vitrines, paredes e muros, a não ser no caso de multidões.
Procuram se manter à distância, pelo menos, de 0,35 m do meio-fio, distância essa que cresce para 0,60 m, caso haja necessidade de contornar hidrantes, postes e latas de lixo.

Idade (anos) Características
0 – 4 Aprendendo a andar.
Requer constante atenção de adultos.
Ainda desenvolvendo a visão periférica e a percepção de distância.
5 – 8 Maior independência, mas ainda precisa de supervisão.
Percepção de distância ainda deficiente.
9 – 13 Capaz de inesperadamente atravessar correndo interseções.
Pouca capacidade de julgamento.
Não enxerga o perigo.
14 – 18 Melhor compreensão do tráfego.
Capacidade de julgamento ainda deficiente.
19 – 40 Ativo, total compreensão do tráfego.
41 – 65 Reflexos vão reduzindo.
> 65 Dificuldade de atravessar a rua.
Redução contínua da visão.
Dificuldade crescente de escutar os veículos que se aproximam.
Grande probabilidade de morrer, se atropelado.

Fonte: Pedestrian Facilities Guidebook Incorporating Pedestrians into Washington’s Transportation System, Washington State Department of Transportation, 1977.

ET-12\RMW\trafegando\faixaetaria.htm em 23/06/2011, atualizado em 10/03/2013 .