Como o FENG SHUI chegou ao ocidente.

Desde quando os "tigres asiáticos" começaram a "aparecer" no mundo, despertaram muitas atenções e curiosidades dos grandes empreendedores do ocidente.

Os executivos ocidentais, trabalhando em fábricas e escritórios em Taipé, Seul ou Hong Kong, notaram que, embora os equipamentos e mobiliário fossem o mesmo ou idênticos aos empregados no ocidente, propiciavam um ambiente muito agradável e propício para o bom relacionamento entre as pessoas e com alta produtividade nos resultados.

Que características fazem com que esses orientais, que vivem amontados, possam suplantar a estrutura industrial e comercial do ocidente, solidamente aperfeiçoada ao longo de muitas décadas?

A resposta é FENG SHUI. Nesses locais, todos, desde os mais altos executivos das empresas multinacionais, passando pelo pessoal de produção e até mesmo os mais humildes trabalhadores, todos acreditam e praticam o FENG SHUI.

Como? O que tem a ver o VENTO e a ÁGUA com a qualidade das nossas vidas? Ou com o sucesso das empresas?

Em Hong Kong, por exemplo, todos os prédios foram construídos estudando-se o seu FENG SHUI, que vai decidir, em função da localização, a forma e o tamanho adequado do prédio.

Em cada edifício, a disposição do tipo de atividade ao longo dos pavimentos também é definido em função do FENG SHUI.

Por exemplo, se um DENTISTA desejar alugar um espaço em determinado andar de um edifício com a finalidade de lá instalar o seu consultório, poderá ter o seu pedido negado por que naquele andar o FENG SHUI recomenda uma atividade comercial e não uma atividade de recuperação da saúde. Ap instalar uma atividade incompatível com o andar, esta atividade poderá "contaminar" o prédio todo.

Em cada pavimento, a distribuição dos diversos departamentos também é estudado em função do FENG SHUI, dependendo do tipo de atividade dos departamentos.

Por exemplo, o departamento de cobrança tem uma postura essencialmente de cobrança, enquando que o departamento médico se preocupa com a saúde das pessoas.

Dentro de cada sala, a disposição das pessoas também é definido em função do FENG SHUI das pessoas. Mesmo no departamento de cobrança em que todos possuem uma postura de cobrança, o Chefe tem que ter também uma postura de chefe.

O FENG SHUI determina, não só a localização das pessoas como também dos móveis.

Ainda nesse departamento de cobrança, existe um Cadastro de Clientes que é um elemento ATIVO dentro do processo de produção daquela empresa e existe também um Arquivo que é um elemento PASSIVO.

Um arquivo muito grande próximo do Cadastro de Clientes tende a neutralizar a atividade desse, transformando-o em um elemento passivo, meramente decorativo. Os clientes passam a ser tratados como mera consequência da existência da empresa.

A partir da constatação da eficácia do FENG SHUI, os ocidentais trataram de, rapidamente, levar os seus ensinamentos para os seus países.

Surgiram, então, milhares de estudiosos ocidentais do FENG SHUI na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos e passaram a fazer muito sucesso.

Mas, não é fácil compreender a arte FENG SHUI.

Na China entende-se o FENG SHUI como a Busca do Equilíbrio e da Harmonia.

Como traduzir equilíbrio e harmonia para os nossos padrões ocidentais?

Na tentativa de entender os ensinamentos dos sábios, os próprios chineses lançaram mão de elementos como TERRA, PEDRA ou de animais como TIGRE, TARTARUGA, mas como traduzir essas interpretações para conceitos válidos e compreensíveis para os ocidentais?

É um grande desafio.

Mas, não haverá grandes dificuldades para aqueles que estão realmente interessados em aprender e a aplicar os milenares ensinamentos.

Nosso processo de aprendizado passa, necessariamente, pela compreensão da existência das energias opostas YIN e YANG e, mais à frente, pela compreensão das descobertas do I CHING, também conhecido como o Livro das Mutações.