O tráfego de veículos pelas vias: |
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acessar com www.ebanataw.com.br/marcacaoviaria/ |
ATENÇÃO! Site em construção.
Marcação Viária é o conjunto de ações, iniciativas, projetos, etc. que objetiva a colocação e a manutenção de marcas executadas no piso de uma via objetivando sinalizá-la com relação à segurança, orientação, regulamentação do uso da via por pessoas, veículos e animais.
As marcas destinas aos motoristas de veículos automotores são apresentadas e sabatinadas nas escolas de motorismo, porém as marcas destinadas a veículos não-automotores como charretes, carroças e bicicletas não são apresentadas em nenhum curso. Também não são ensinadas as marcas viárias feitas para pedestres e animais.
Deste modo, as placas seguintes são placas DESCONHECIDAS e de díficil obediência, compreensão e utilidade prática para determinadas pessoas que usam a via pública:
SEM SENTIDO: As placas acima não têm razão de existir mesmo por que em nenhum momento da vida, os animais e pessoas recebem alguma orientação sobre a existência e o significado delas. Nos praíses desenvolvidos, há disciplina no Ensino Fundamental sobre estas e muitas outras placas que o cidadão deve conhecer para a sua segurança quando caminha numa via pública como pedestre.
As marcas viárias têm importância fundamental para que todos possam utilizar a via pública de forma organizada, sem conflitos e em segurança e dentre esses "todos" devemos incluir pessoas de outros países e por isso o desenho das marcas de sinalização devem ser executadas segundo o padrão mundial.
Veja um caso de acidente que vitimou dezenas de pessoas porque a via encontrava-se sem as necessárias e obrigatórias marcas viárias de segurança e, portanto, a via deveria estar interditada para o tráfego de veículos automotores. A foto do lado esquerdo é a foto real que mostra a via sem nenhuma sinalização de solo e que deveria estar totalmente interditada para o tráfego de veículos e a foto da direita é uma montagem feita sobre aquela foto onde desenhamos a linha LFO-2 e a linha LBO que se existissem poderiam ter evitado o choque do caminhão com o ônibus e desenhamos também os cones que na ocorrência de acidente deveriam sinalizar os locais.
SITUAÇÃO REAL, A VIA SE ENCONTRA SEM AS OBRIGATÓRIAS MARCAS VIÁRIAS: |
SITUAÇÃO CORRETA, PORÉM NÃO SEGUIDA POR NEGLIGÊNCIA DO PODER PÚBLICO: |
Esta era a situação real no dia
seguinte ao desastre que vitimou 14 pessoas. |
Esta seria a situação ideal que poderia
ter evitado o avanço do veículo para a faixa contrária onde colidiu com outro. |
O desenho do direita é uma
ilustração didática produzida sobre o desenho da esquerda, onde se introduziu linhas e componentes de segurança viária, para efeito pedagógico. |
Observe nos desenhos abaixo que não havendo marca viária retrorrefletiva no solo, à noite o motorista não consegue saber onde começa e onde termina a FAIXA onde ele deve permanecer ao conduzir o veículo em segurança:
O Manual de Sinalização Rodoviária emitido pelo Ministério dos Transportes, MT/DNIT/IPR-743, orienta (às fls 219) que a sinalização horizontal é de importância fundamental para o tráfego noturno pois fornece aos usuários a delimitação das faixas de rolamento, sem as quais se torna difícil visualizar a própria pista da rodovia. Diz mais: "segmentos novos ou trechos recapeados JAMAIS devem ser liberados ao tráfego, sem que tenham sido neles antes implementada a sinalização horizontal".
O presente site é mantido por engenheiro civil que participou do projeto de rodovias de porte como a Rodovia dos Imigrantes, o Rodoanel Metropolitano de São Paulo e a duplicação da Rodovia Regis Bittencourt e serve para apresentar os componentes de segurança viária que nem sempre são levados a sério pelos políticos brasileiros sendo bastante negligenciados vindo a causar muitos acidentes com vítimas, muitas delas fatais, mortes que poderiam ter sido evitadas caso a via fosse dotada das necessárias e até obrigatórias marcas viárias.
É escasso o material didático que reune as leis, normas, regulamentos, portarias e recomendações para o projeto, execução e fiscalização de Marcações Viárias além de ser também muito escasso a disponibilidade de Crpo Docente com experiência na matéria. Encontramos muitos casos em que a própria autoridade e agente de segurança viária passam a noção de segurança viária com erros que podem induzir, no futuro, a falhas fatais. Veja um caso "educativo" em que a existência de toda uma caracterização de solo é ignorada:
Veja todos os componentes que devem fazer parte de uma Faixa Elevada para Travessia de Pedestres e que na foto acima à esquerda foram negligenciadas e sua falta vai formar uma imagem inadequada de segurança para aqueles alunos que participam do evento.
Pela finalidade pedagógica, o conteúdo do site pode ser livremente copiado, impresso e distribuído e só não pode ser pirateado, isto é, copiado e depois distribuído como se fosse de sua autoria.
No Brasil, as Marcas Viárias são conhecidas por dezenas de outras denominações, sendo a mais comum "Pintura Rodoviária" e "Sinalização de Solo" que são termos não muito adequados para o assunto pois o termo "pintura" dá a entender que se trata de um desenho, muitas vezes estético e "sinalização" é um sinal que nem sempre prestamos atenção. Notamos esta confusão de significados quando estudamos as normas técnicas. Lembrem-se que além da ABNT, a Associação Brasileira de Normas Técnicas, que deveria ser o único órgão normatizador, temos o DNIT que é um departamento do Ministério dos Transportes, temos também o CONTRAN, o Conselho Nacional de Trânsito, o DENATRAN, e dezenas de órgãos estaduais genericamente conhecidos como DER, Departamento Estadual de Trânsito, todos eles com vocação para baixar normas obrigatórias além, é claro, das Agências Reguladoras que também têm a mesma vocação. Se todos falassem a mesma língua não haveria nenhum problema mas parece que cada um deles faz questão de meter alguma diferençazinha como se fossem a marca da sua gestão. Veja um exemplo dessa habilidade:
1 - MARCAÇÃO VIÁRIA x PINTURA DE LEITO CARROÇÁVEL.
Devemos evitar o emprego do tempo PINTURA e TINTA pois a marca viária deve ter algumas propriedades importantes para que consiga atingir seus objetivos. Uma dessas propriedades é a RESISTÊNCIA À ABRASÃO.
Uma pintura com tinta não é feita para ser pisada e nem possui resistência à ABRASÃO, isto é, a resistência ao desgaste provocado pela passagem dos veículos, de modo que marcações viárias feitas com TINTA rapidamente se tornam invisíveis e é por isso mesmo que há normas técnicas sobre o tipo de material para a confecção dessas marcas.
Lembre-se que numa simples Via Coletora de bairro, circulam diariamente pelo menos 700 veículos por dia de modo que a marca viária deve possuir uma certa resistência para suportar bem o desgaste provocado pela passagem de veículos por pelo menos durante 5 anos de vida útil. O Poder Público quando contrata os serviços de marcação viária deve tomar o cuidado de anotar este fato e exigir a inserção de GARANTIA nos contratos de execução de serviços. Veja mais sobre Via Coletora em .
Outra propriedade importante é a RETRORREFLETIVIDADE, ou seja, a marca viára deve ser visível à noite mesmo que, ou principalmente se, a via não tiver iluminação pública como costuma acontecer nas rodovias e estradas brasileiras. Não confundir retrorrefletividade com fosforescência ou fotoluminiscência. A retrorrefletividade é feita com a adição de microesferas de vidro que "refletem para trás" a luz do farol do veículo.
Mais detalhes sobre as propriedades da marca viária veremos mais à diante.
2 - COMPOSIÇÃO DA PELÍCULA DA MARCA VIÁRIA:
O material que deve ser empregado para fazer a Marca Viária NÃO É UMA TINTA e nem a aplicação se faz por meio de PINTURA. As fotos seguintes mostram procedimentos errados:
A Marca Viária é um composto formulado pela combinação de resinas e solventes podendo ser feitas várias composições para realçar determinadas propriedades desejadas na marca viária.
As formulações mais comuns são as seguintes:
- Resina ACRÍLICA, que segue as especificações da norma técnica NBR-13.699;
- Resina ACRÍLICA, que segue as especificações da norma técnica NBR-13.699 e também as normas DNIT EM-276 e DER/SP ET-DE-L00/020;
- Resina ACRÍLICA, que segue as especificações da norma técnica NBR-13.731, própria para Aeroportos;
- Resina Metacrílica;
- Resina Acrílica ESTIRENADA, que segue as especificações da norma técnica NBR-12.935;
- Resina Acrílica ESTIRENADA, que segue as especificações da norma técnica NBR-11.862;
- Resina Acrílica ESTIRENADA, que segue as especificações da norma técnica NBR-8169 e que é indicada para marcas viárias para Aeroportos, Heliportos e Helipontos;
- Resina ACRÍLICA-EPOXI, com alto poder ANTIDERRAPANTE e, por isso, indicada para Ciclovias;
Essas composições, ou melhor, a adição de determinados materiais visa obter propriedades como a marca ser resistente à abrasão provocada pela passagem de veículos, ser antiderrapante, ser resistente à ação do calor do sol e da água da chuva, etc. além de ser visível à noite.
Antes de contratar uma firma qualquer para executar a "pintura" da sinalização de solo do seu condomínio, supermercado ou shopping, consulte um especialista para escolher o tipo de película mais adequada para o seu caso.
3 - PROPRIEDADES DA PELÍCULA DA MARCA VIÁRIA:
Várias propriedades devem ser obtidas em uma marca viária. Vejamos algumas delas:
DURABILIDADE: Para atender a este item, a marca viária deve ser aplicada com uma certa espessura mínima. Assim, mesmo sofrendo o desgaste provocado pela passagem intensa de veículos pesados ela poderá mostrar a sua existência durante anos.
As normas prevêem uma DURABILIDADE de pelo menos 5 (cinco) anos, período conhecido com VIDA ÚTIL. Uma empreiteira contratada pelo poder público deve oferecer uma garantia nesse sentido.
ANTIDERRAPANTE: A marca viária não pode, em hipótese alguma vir a ser um elemento que possa favorecer a derrapagem da roda. Muitos acidentes são provocados por "pintura" de faixas de pedestre feita com uma "tinta" qualquer, como o Latex PVA, que tornam o pavimento liso e escorregadio. A população e, em especial, o Minstério Público devem ficar atentos para esse tipo de "barbeiragem" e exigir a feitura de um TAC para que, num certo prazo de tempo, o Poder Público corrija o erro e enquanto o erro não seja corrigido, o local deve permanecer interditado para o tráfego de veiculos automotores.
Algumas vezes, a coisa é tão amadora e caseira que acontecerm barbeiragem do seguinte tipo:
Mas, felizmente, graças à população atenta o erro foi rapidamente corrigido:
RESISTÊNCIA À ABRASÃO: As partículas que compõem a película da marca viária devem ter uma alta coesão para evitar a abrasão causada pela passagem de veículos e também ao atrito das rodas nas frenagens feitas, principalmente, nas marcas que exigem a redução de velocidade como nas Faixas de Travessira de Pedestres e nas Lombadas.
RESISTÊNCIA ÀS INTEMPÉRIES (água, calor do sol, raios UV): A marca viária deve resistir bem à ação da água da chuva, em especial a chuva de granizo que aplica um poderoso CHOQUE TÉRMICO principalmente no verão quente quando o asfalto atige temperaturas bem altas e o gelo do granizo abaixa rapidamente a temperatura. Também são altamente nocivos às partículas da marca viária a incidência de raios ultra-violetas que produzem do "cracking" dos componentes agregadores da película. Veja um caso curioso em que a primeira chuva levou parte da lombada:
ADERÊNCIA: A marca viária deve ficar, por longos anos, firmemente presa no asfalto. Quem garante isso é a ADERÊNCIA medida no hora em que a película está sendo aplicada no asfalto. Como veremos mais adiante, a norma técnica brasileira NBR-15405 determina valores críticos como a Temperatura do Ambiente, Temperatura do Pavimento, Umidade do Ar e o Ponto de Orvalho com limites que devem ser seguidos para que a marca possa desempenhar bem a sua função por longos anos.
Como já dito anteriormente, a execução de uma Marca Viária não é uma "pintura" com finalidade estética feita com uma "tinta" qualqer.
TEMPERATURAS: Um detalhe curioso diz respeito à temperatura do leito carroçável e à umidade do ar no dia da aplicação da marca no solo. A norma NBR-15405 apresenta uma tabela onde se entra com 2 parâmetros, por exemplo Temperatura Ambiente = 250C e Umidade do Ar = 75%, a tabela nos fornece a temperatura do Ponto de Orvalho, no caso, de 200C. A norma estabelece que, neste caso, o pavimento que receberá a marca viária deverá estar 30C acima deste valor, isto é, 230C.
Interessante esse detalhe e é muito importante pois a temperatura do Ponto de Orvalho, é justamente quando a umidade presente no ar ambiente se condensa (passa do estado gasoso para o estado líquido) e vai fazer parte da massa, em processo de cura, da marca viária tornando-a frágil. Com a exigência da superfície do leito carroçável estar 30C acima do Ponto de Orvalho garante-se a não incorporação da umidade do ar ambiente no seio da massa em processo de cura.
A dificuldade que encontramos na prática é que os funcionários do órgão fiscalizador nem sempre têm conhecimento sobre o que vem a ser o Ponto de Orvalho (embora os Estados Físicos da Matéria tenham sido objeto na Quinta-Série do Ensino Fundamental) e tampouco dispõe de termômetros e higrômetros para realizar essas importantes e imprescindíveis medições .
O resultado são desperdícios do dinheiro público, serviços que deveriam durar pelo menos 5 anos se desgastam, esfarelam e borram pouco tempo depois de executados.
A norma brasileira NBR-15405 determina que a feitura de marcas viárias no solo deve ser feita por equipamento próprio. Veja como deve ser equipado:
A feitura da demarcação viária deve ser feita com veículo auto-propulsor equipado com no mínimo:
- Compressor de ar, com capacidade no mínimo 20% superior à necessidade típica da aplicação (vazão de 3 m3/minuto e pressão de 7 kgf/cm2);
- Tanques Pressurizados fabricados em Aço Inoxidável com tampa com no mínimo 300 mm de diâmetro e com Peneira Móvel na boca do tanque;
- Reservatórios Pressurizados para microesferas de vidro com fundo Cônico e com tampa com no mínimo 200 mm de diâmetro e peneira móvel na boca do reservatório;
- Vasos de Pressão em aço-carbono 1020 e espessura mínima de 3/8" com três fechos em aço 1045 com rosca na ponta, escamoteáveis para facilitar o abastecimento e vedação que garanta a sua estanqueidade, fixados em três pontos em forma de estrela;
- Reguladores de Pressão individuais para cada vaso de pressão;
- Agitadores Mecânicos para homogeneização;
- Conjunto Aplicador Automático contendo no mínimo duas pistolas e um Semeador de microesferas de vidro para cada pistola;
- Quadro de Instrumentos e Válvulas para regulagem e controle de acionamento das pistolas;
- Equipamento Programador Automático Sequenciador para controle da cadência das faixas de forma automática, sem a parada do equipamento e que tenha capacidade de interagir com a velocidade do veículo;
- Semeadores a ar comprimido para aspersão de microesferas de vidro, devendo apresentar flexibilidade para troca de bicos, adequando-se para aspergir microesferas de vidro de quaisquer granulometria a pressões entre 2kgf/cm2 e 5 kgf/cm2;
- Termômetros para medir a temperatura do Ambiente;
- Termômetros para medir a temperatura do Pavimento;
- Higrômetro para medir a umidade relativa do ar;
- Medidor de Espessura.
O conjunto aplicador deve ser disposto de forma a garantir a retrorrefletividade a ser medida no sentido do tráfego.
Veja um equipamento de marcação viária em operação, aplicando a película Termoplástica pelo Processo de Aspersão em temperatura de 1800C e na espessura mínima de 1,5 milímetros, utilizando dispositivos e sensores para rigoroso controle de temperatura:
Veja a aplicação de película Pré-Formada, isto é, as películas são fabricadas em placas com espessura entre 2 e 6 milímetros (conforme VDM) e aplicadas a quente na via:
4 - CORES OFICIAIS - UNIVERSAIS: As cores desempenham um papel fundamental na reação das pessoas, efeitos estudados e recomendados pela Neurolinguistica. Por isso, as cores são padronizadas e o mundo todo segue um PADRÃO ÚNICO.
O padrão adotado no Brasil é o Padrão Munsell, que para garantir exatamente a mesma cor no mundo todo, adota uma nomenclatura baseada em 3 parâmetros, onde a COR é representada por uma letra maiúscula, R, G, B, etc., a luminosidade por um número entre 0 e 10 e o chroma por outro número entre 0 e 12.
Para a feitura das Marcas Viárias são utilizados os seguintes padrões de cores, com o correspondente código do padrão Munsell:
BRANCA: N 9,5
AMARELA: 10 YR 7,5/14
VERDE: 10 G 3/8
AZUL: 5 PB 2/8
VERMELHA: 7,5 R 4/14
MARROM: 5 YR 6/14
PRETA: N 0,5
Embora estas sejam as cores que oficialmente constam dos volumes do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (4 volumes), encontramos incoerências no próprio manual e conflitos entre a cor oficial (Munsell) e a corresponte cor RGB encontrado no site de equivalência entre Munsell e RGB. Veja o resultado:
COR | MUNSELL | RGB | EXEMPLO |
VERDE OFICIAL | 10 G3/8 | 0 86 67 | |
VERDE QUE APARECE NOS EXEMPLOS DO VOLUME III | 0 145 64 | ||
AMARELO OFICIAL | 10 YR 7,5/14 | 249 172 0 | |
AMARELO QUE APARECE NO NOS EXEMPLOS DO VOLUME II | 255 203 5 | ||
AZUL OFICIAL | 5 PB 2/8 | 0 49 101 | |
AZUL QUE APARECE NOS EXEMPLOS DO VOLUME III | 0 0 129 | ||
OUTRO AZUL QUE APARECE NOS EXEMPLOS DO VOLUME III | 12 146 182 | ||
VERMELHO OFICIAL | 7,5 R 4/14 | 186 33 33 | |
VERMELHO QUE APARECE NOS EXEMPLOS DO VOLUME I | 254 0 0 | ||
MARROM OFICIAL | 5 YR 6/14 | 224 120 0 | |
MARROM QUE APARECE NOS EXEMPLOS DO VOLUME I | 101 61 29 | ||
LARANJA | 254 147 49 |
Qualquer turista estrangeiro em passagem pelo território brasileiro não pode sentir qualquer diferença na atenção dedicada às placas de sinalização viária, de modo que o formato e as cores das placas devem seguir exatamente o mesmo padrão adotado no mundo todo.
Veja um exemplo, a placa que adverte os motoristas para aumentarem a atenção no trecho seguinte pois existe escolares atravessando a via, ela tem o mesmo formato (losangular) e a mesma cor AMARELA no mundo todo. O que pode varia, um pouco, são os pictogramas (figura representativa do escolar). O sentido de caminhamento dos escolares é característico do sentido de tráfego de veículos. Nos países, como o nosso, em que o sentido de direção é o da direita, nas placas instaladas do lado direito os alunos caminham da direita para a esquerda como que iniciando a travessia saindo da calçada. Outro detalhe interessante é que os alunos podem estar segurando um caderno e podem estar de mãos dadas:
NO BRASIL | NO CAMBOJA | NA TASMÂNIA | NA IRLANDA | NA MALÁSIA | NO JAPÃO | NA TAILÂNDIA |
Veja mais detalhes sobre estas placas em .
5 - Local e Posição de Placas:
Uma placa não pode ser instalada em qualquer local e em qualquer posição.
A norma
As placas de sinalização devem ser colocadas na posição vertical, fazendo um ângulo de 93º a 95º em relação ao sentido do fluxo de tráfego, voltadas para o lado externo da via.
Esta inclinação tem por objetivos assegurar boa visibilidade e leitura dos sinais, evitando o reflexo especular que pode ocorrer com a incidência de faróis de veículos ou de raios solares sobre a placa.
Deve também serem instaladas a uma certa distância da pista de rolamento:
e, também a uma certa altura do leito carroçável:
6 - ENSAIOS a que devem ser submetidas para serem APROVADAS e o serviço PAGO:
Na conclusão dos serviços de marcação viária, alguns efeitos podem ser avaliados visualmente, entretanto, algumas propriedades importantes como a estabilidade da cor (durante quantos anos a cor permanecerá a mesma?) só é possível de ser avaliada mediante a realização de ENSAIOS que podem ser feitos no próprio local e também no laboratório empregando equipamentos próprios.
A norma brasileira NBR-15438 estabelece os métodos de ensaios, apresentando os aparelhos que devem ser empregados.
RETRORREFLETIVIDADE:
Dos todos os ensaios necessários para uma perfeita avaliação da qualidade do serviço executado, sem sombra de dúvida, o ensaio que mede a capacidade de retrorrefletividade é o mais importante pois é a retrorrefletividade que garante a boa visibilidade das marcas viárias à noite.
Um desvio que durante o dia é claramente visível, à noite se torna um cenário preto. Mas se as marcas viárias forem dotadas de material com retrorrefletividade, é possível enxergar bem o desvio.
crédito para /slideplayer.com.br
De tão importante que é a retrorrefletividade que há uma norma específica, a norma NBR-14723 que é específica para a medida da retrorrefletividade.
O que é RETROREFLETIVIDADE?
A reflexão é a capacidade que certos materiais tem de REFLETIR a luz incidente. No espelho plano o raio refletido segue no mesmo ângulo em que ele incidiu no espelho. No espelho esférico, o raio refletido segue sempre na direção de origem, independentemente do ângulo de incidência. Veja um desenho ilustrativo:
Tiramos proveito desta propriedade do espelho esférico empregando microesferas de vidro misturados no material da marca viária:
Entretanto, não basta "misturar" as microesferas na massa da marca antes da aplicação pois as esferar ficarão submersas na massa e não receberão os raios da iluminação. Então se faz duas etapas de aplicação. A norma NBR-15405 define as etapas seguintes:
- 1a Etapa - Tipo I: As microesferas são incorporadas à mistura antes de sua aplicação;
- 2a Etapa - Tipo II: As microesferas são aplicadas sobre a mistura já aplicada, de forma concomitante.
A correta aplicação das microesferas pode ser "medida" por intermédio de um aparelho chamado RETRORREFLETÔMETRO. Eis um dos modelos:
Por ser portátil, seu uso é muito simples e prático: Basta colocar sobre a linha e pressionar um botão.
O retrorrefletômetro é usado também para medir as microesferas nas placas:
Compete ao órgão contratante, a fiscalização e a comprovação da correta aplicação da marca viária e só fazer a liberação do pagamento após receber o Relatório de Ensaio. O mesmo órgão deverá realizar, de tempos em tempo, nova avaliação do estado de retrorrefletividade das marcas viárias. Mais detalhes sobre os procedimentos de avaliação podem ser encontradas na norma NBR-14723.
Outros ensaios medem a resistência a solventes, às intempéries, estabilidade das cores, a flexibilidade, o sangramento, a massa específica, a abrasão, viscosidade.
Existem, além da retrorrefletividade inúmeras outras características previstas na norma porém, como não
7 - PROJETOS (PENSADOS) E PREVIAMENTE APROVADOS PELO ÓRGÃO DE TRÂNSITO:
Não importa se o local ou região é uma via pública ou se é uma via particular com acesso público: É necessário elaborar o Projeto Viário, submetê-lo a aprovação do órgão de trânsito e obter a licença da Prefeitura para executá-lo.
Uma rua, uma avenida ou uma rodovia é uma via pública (pertence ao poder público) e de acesso público. Um estacionamento dentro de um supermercado, de um shopping ou mesmo dentro de um Condomínio é uma via privada (pertence ao supermercado, ao shopping ou ao condomínio) porém de acesso público - no caso do supermercado e shopping o público é o público em geral e no caso do condomínio o público é o público formado pelos condôminos e moradores.
Veja um exemplo de um Projeto Viário em via pública:
Veja um exemplo de um Projeto Viário em um condomínio:
(em elaboração em DWG para facilitar o trabalho dos Arquitetos quando forem fazer o Projeto Viário de Garagem em Condomínio)
8 - NORMAS, LEGISLAÇÃO, REGULAMENTAÇÃO:
Diversos órgãos emitem regras para a Sinalização Viária. O Ministério dos Transportes através do seu Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, o Conselho Nacional de Trânsito CONTRAN através do Departamento Nacional de Trânsito DENATRAN, os órgãos estaduais DER e a ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Infelizmente não há consistência nas normas e regulamentações baixadas por todos esses õrgãos e existem pontos de divergência que os motoristas prudentes devem atentar para não ser pego em armadilhas que costumam acontecer na estrada, na saída para um feriado e em local sem nenhuma infraestrutura onde os familiares possam aguardar o desenrolar da burocracia e nem mesmo TAXI ou outro meio alternativo de transporte onde os ocupantes do veículo apreendido possam, na melhor das hipóteses prosseguir viagem e na pior das hipóteses retornar ao endereço de origem para, eventualmente, pegar outro veículo e ainda aproveitar o feriado.
Além dessas inconsistências, algumas normas encontram-se desatualizadas e há casos como o aquele em que o governo estabelece as medidas máximas para veículos do tipo VP onde não inclui, na medida do veículo o espelho retrovisor que é um acessório do tipo obrigatório. Veja as dimensões máximas oficiais de um veículo VP:
Outra questão desatualizada refere-se ao Caminhão em que se estabelece que a largura máximo de um veiculo tipo CO é de 2,60 metros:
Ocorre na prática que os caminhões precisam oferecar ao motorista uma visão da retaguarda o que é feito por espelhos retrovisores externos de existência obrigatória tanto no lado esquerdo (do motorista) como no lado direito. Então, a largura do veículo passa de 2,60 metros para 3,40 metros.
Os órgãos responsáveis pela construção de estradas e de aplicar a demarcação da linha divisória entre uma faixa de tráfego e outra, levam a sério a medida da largura oficial de 2,60 metros e, então, ocorrem acidentes com vítimas, algumas fatais. Veja um exemplo em que o caminhão "não cabe" na faixa:
Veja mais detalhes sobre faixas em .
LISTA PARICIAL DE NORMAS, REGULAMENTAÇÕES E LEIS:
Lei 9503 de 23/09/1997 Códido de Trânsito
Brasileiro
CONTRAN Manual de Sinalização – Volume I
Sinalização Vertical
Regulamentação
CONTRAN Manual de Sinalização – Volume II
Sinalização Vertical Advertência
CONTRAN Manual de Sinalização – Volume III
Sinalização Vertical Indicação
CONTRAN Manual de Sinalização – Volume IV
Sinalização Horizontal
NBR-6.831 – SHV Microesferas de Vidro
NBR-7.396 – SHV Terminologia
NBR-11.862 – SHV Tinta à Base de Resina Acrílica
NBR-13.699 – SHV Tinta à Base de Resina Acrílica
Emulssionada a Água
NBR-14.281 – SHV Esferas de Vidro
NBR-14.723 – SHV Avaliação da
Retrorrefletividade
NBR-15.405 – SHV Procedimento para Execução da
Demarcação
NBR-15.438 – SHV Métodos de Ensaio
DER-SP-ET-DE-L00/017 - Sinalização Horizontal com Termoplástico Aplicado por Aspersão
DER-SP-ET-DE-L00/018 - Sinalização Horizontal com Termoplástico Aplicado por Extrusão
DNIT-ES-100/2018 - Obras Complementares - Segurança no Tráfego Rodoviário - Sinalização Horizontal - Especificação de Serviço
DNIT-EM-276/2000 – SHV Tinta à Base de Resina Acrílica
DNER-EM-373/2000 – Microesferes de vidro
retrorrefletivas para Sinalização Horizontal Rodoviária
DNER-ME-011/94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária –
Verificação da Resistência à SOLUÇÃO DE
CLORETO DE CÁLCIO.
DNER-ME-013/94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária – Determinação da MASSA
ESPECÍFICA.
DNER-ME-014-94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária –Determinação da RESISTÊNCIA AO
ÁCIDO CLORÍDRICO.
DNER-ME-015/94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária – RESISTÊNCIA À UMIDADE.
DNER-ME-022/94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária – Determinação da RESISTÊNCIA à
solução de SULFETO DE SÓDIO.
DNER-ME-023/94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária – Determinação da RESISTÊNCIA À
ÁGUA.
DNER-ME-057/94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária – Determinação do TEOR DE
SÍLICA.
DNER-ME-058/94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária – Determinação da GRANULOMETRIA.
DNER-ME-110/94 –
Microesferas retrorrefletivas
– Avaliação do ÍNDICE DE REFRAÇÃO.
DNER-ME-132/94 –
Microesferas de vidro Retrorrefletivas
– Inspeção Visual de EMBALAGENS.
DNER-ME-251/94 – Microesferas de vidro
retrorrefletivas para demarcação viária – AMOSTRAGEM.
Desejando adquirir normas técnicas, consultar o site da ABNT:
NOTA IMPORTANTE: Este site é mantido por abnegado engenheiro que participou do Projeto da Rodovia dos Imigrantes, do Rodoanel Metropolitano de São Paulo, da duplicação da Rodogia Regis Bittercourt, que voluntariamente desenvolve o site na medida em que sobra um tempinho. Ele faz isso para divulgar detalhes técnicos importantes mas que não é de conhecimento de todos e que por isso mesmo causam muitas dores de cabeça. Por sua finalidade didática, o conteúdo do site pode ser livremente divulgado, copiado e impresso. Entretanto, seu conteúdo (texto, figuras e fotos) possuem proteção autoral, de modo que não é possivel pirateá-lo, isto é, copiar e depois divulgar como se fossem teus.
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ET-10\RMW\trafegando\MarcacaoViaria.htm em 25/12/2017, atualizado em 11/03/2024 .