14 - OS MÉTODOS DE CÁLCULO |
Existem diversos métodos de cálculo de chuvas para o dimensionamento das obras de engenharia. Alguns métodos são de aplicação muito simples e rápida, entretanto o que se ganha com a agilidade, perde-se na precisão. 1 - MÉTODO DA MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES: A forma mais simples de determinar a lâmina média é admitir para toda a área considerada a média aritmética das alturas pluviométricas medidas nas diferentes estações nela compreendida ou em zonas vizinhas. A média assim determinada só será representativa se a variação das precipitações entre as estações for muito reduzida e a distribuição das estações de medida for uniforme em toda a área. Admite-se que este médoto só é aplicável quando: (hmax - hmin )/ hmedio < 0,50 A média aritmética simples não é muito utilizada para o cálculo da lâmina média, dando-se prefereência ao cálculo baseado nas médias ponderadas. 2 - MÉTODO DA MÉDIA PONDERADA: Quando é possível estabelecer uma lei segura ligando as precipitações médias à variação de uma dada característica física da bacia (altitudes na maioria dos casos), um valor bastante significativo da altura média precipitada em toda a área pode ser obtido, dividindo-se a área em um certo número de zonas parciais "homogêneas" e aplicando-se a cada uma a respectiva altura pluviométrica indicada pela lei de variação. O médoto é empregado geralmente em áreaz restritas e muito acidentadas quanto então utiliza-se curvas de nível para delimitar zonas parciais. Para emprego deste método é necessário, porém, que haja uma indicação segura que a distribuição das chuvas seja influenciada preponderantemente pelo fator físico considerado. 3 - MÉTODO BASEADO NAS ISOIETAS: O método mais racional para determinar a lâmina média sobre uma área é distribuir, uniformemente, sobre a mesma, o volume do "relevo" pluviométrico indicado pelas curvas isoietas. O cálculo é feito determinando-se a superfície compreendida entre duas curvas sucessivas e admitindo-se para cada área parcial assim obtida a altura pluvimétrica média das duas isoietas que a delimitam. Na prática, para evitar acúmulo de erros, planimetra-se as áreas interiores a cada isoieta e determina-se por diferença as superfícies elementares. Este médodo, apensar das imprecisões derivadas das dificuldades do traçado das isoietas, já anteriormente assinaladas, tem a vantagem de poder englobar todos os fatores que possam influenciar na distribuição das precipitações. É, porém, trabalhoso, devendo os cálculos serem refeitos para cada precipitação. 4 - MÉTODO DE THIESSEN: Neste método aproximado, considera-se que as precipitações da área arbitrariamente determinada por um traçado gráfico, sejam representadas pela estação nela compreendida. O traçado gráfico é feito da seguinte forma: ligam-se as estações adjacentes por retas (formando triângulos) e pelo meio dos segmentos assim obtidos, traçam-se normais aos mesmos. As mediatrizes traçadas vão formar, então, em torno de cada estação um polígono. Admite-se que a altura pluviométrica seja constante em toda a área do polígono assim definido. A aplicação dete método leva a impor, às observações de cada estação, um "peso" constante, obtido pela porcentagem da área total por ela representada. O cálculo de altura média de toda área é feito pela média ponderal baseada nestes pesos, o que simplifica extraordinariamente os cálculos evitando o traçado da rede de isoietas para cada precipitação. Deve-se notar que os polígonos representativos das estações podem cobrir superfícies externas à área em estudo, devendo, neste caso, ser evidentemente levada em conta para o cálculo do peso somente a área significativa dos mesmos. Devem, também, ser levadas em conta as estações externas à área em estudo, o que pode ser feito dentro das considerações anteriores. Fonte de referência: Livro Hidrologia de Lucas Nogueira Garcez da Editora Edgard Blücher Ltda. Hoje em dia dispomos também de inúmeros softwares e sites na internet que fazem o cálculo das precipitações, facilitando, em muito, o trabalho do engenheiro que precisa tem em mãos a Vazão Exata das águas da chuva que passam por determinado local. DESASTRES: Não é raro notícias de desastres provocados pelas águas da chuva e tentativas de políticos em atribuir a responsabilidade do desastre à Mãe Natureza que "enviou uma chuva maior do que a esperada".
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\ET5\chuvas\metodos.htm em 19/01/2013, atualizado em 25/01/2013.