Prezados companheiros do grupo GEROI-Brasil:
O UFANISMO - 5 |
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As Instituições do Terceiro Setor desempenham papel crítico e fundamental na defesa dos valores, da honra e da dignidade do povo brasileiro.
Encontramos razões históricas "aos montes" demonstrando que as grandes transformações da Sociedade Brasileira sempre ocorreram de forma muito pontual e determinadas entidades como a Maçonaria tiveram papel fundamental para o êxito dessas empreitadas.
O epísódio da Proclamação da Independência, por exemplo, foi grandemente conduzida pelos Maçons.
Veja como aconteceu:
Nos idos de 1800, o comércio nas terras portuguesas era feito mediante o recolhimento aos Cofres da Coroa de imposto com alíquota de 18% caso a venda fosse em território de Portugal e Algarves, e de 24% em território das Colônias.
Com o retorno da Família Real para Portugal, os 205 deputados da Câmara Portuguesa, desejosos de aumentar a arrecadação defendiam a idéia de transformar de volta o Brasil que tinha sido elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves (portanto com direito a recolher apenas 18%) à condição de colônia, elevando a alíquota de volta aos 24%. Eu tenho a impressão que os políticos estão sempre pensando em aumentar as alíquotas dos impostos.
Os comerciantes e determinados setores da população ficaram sabendo da manobra que os parlamentares portugueses pretendiam com a insistência da volta do Principe Regente para a Europa e mobilizaram-se em convencer D. Pedro a continuar no Brasil. Cabe um esclarecimento - Enquanto o Principe Regente estivesse no Brasil não poderiam transformar o Brasil de volta a Colônia, isto é, elevar a alíquota de 18% para 24%.
Providenciaram, então, um Abaixo-Assinado com mais de 8.000 assinaturas e levaram ao Palácio Real, no Rio de Janeiro, e entregaram ao Príncipe na manhã do dia 9 de janeiro de 1822. Este, surpreso com tamanha manifestação de carinho, declarou: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico". Cabe uma explicação para este espanto - A população e a imprensa "perseguiam" o coitado do Principe Regente rotulando-o como play-boy e ele desgostoso estava se preparando para voltar a Portugal.
No prosseguimento, em maio, D. Pedro assina o Decreto do Cumpra-se, recebe o título de Defensor Perpétuo do Brasil oferecido para Maçonaria, Senado e Câmara do Rio de Janeiro e, em agosto, Declara como inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil. Foi o início oficial do rompimento com Portugal.
Cada um de nós, como rotarianos, como líderes nos nossos segmentos de trabalho não podemos ficar acomodados pensando que "ele", o "Governo", fará alguma coisa, que "ele", como que num passe de mágica, fará alguma coisa e que a nós basta eleger um "bom governo" para que todos os problemas nacionais fiquem automaticamente resolvidos.
A questão da Cidadania não pode ser delegada, ser transferida, ser terceirizada e ficar apenas nas mãos do governo. Temos sim a nossa parte, a nossa cota inalienável de responsabilidade nesse processo. Cada um de nós, enquanto profissionais atuantes nas Associações de Classe, nos Sindicatos, de empregados ou patronais, nas Associações Comerciais e Industriais. Cada um de nós, enquanto cidadãos atuantes na nossa comunidade, na Igreja, na Sociedade Amigos do Bairro, nos Rotarys, Lions, Maçonarias enfim, em todas as oportunidades de trabalho comunitário, inclusive (e talvez principalmente) no GEROI.
A primeira ação comunitária do Rotary (a construção do banheiro público) foi um ato eminentemente político. Naquela época, os comerciantes, para permitirem o uso das instalações sanitárias de seus estabelecimentos comerciais, quase que "exigiam" que o cliente realizasse alguma compra no estabelecimento. A Câmara Municipal, tomada por interesses comerciais, não aprovaria uma lei obrigando os comerciantes a "abrirem" as portas de seus banheiros. Então, numa atitude corajosa, o Rotary Club de Chicago construiu um banheiro público onde todos tivessem acesso sem nenhum tipo de restrição. Foi uma grande "briga" pois os políticos a quem caberia aprovar tal lei, eram eleitos (leia-se patrocinados) pelos próprios comerciantes.
Nossas ações devem ser pautadas no objetivo do Rotary que recomenda a "conduta exemplar na nossa vida pública e privada" e isso quer dizer (pensamento meu) que qualquer ação rotária na comunidade deve ter como componente principal o "EXEMPLO" e não ser mero tapa-buracos de falhas e omissões cometidas pelos órgãos governamentais.
Frente a qualquer deficiência que venhamos a detectar na nossa comunidade, na estrutura social da comunidade, devemos sempre tomar duas ações. Uma para a solução imediata (mesmo que precária) daquela deficiência e outra (mais inteligente) de determinar e corrigir onde e como ocorreram as falhas que resultaram naquela situação de deficiência. Ao encontrarmos uma pessoa passando fome devemos dar um prato de comida e também resolver a questão estrutural que conduziu aquela pessoa àquela situação. Uma coisa é dizer que a pessoa se encontra em estado de carência alimentar, outra coisa é afirmar que ocorreu uma deficiência na estrutura social.
Não se trata de ficarmos discutindo se devemos DAR O PEIXE ou se devemos ENSINAR A PESCAR. Quem tá com fome não quer saber de aprender. Talvez ele até saiba pescar. Mas quem tá com fome precisa mesmo é comer. Percebam (nessa linguagem figurada) que não basta saber pescar se o rio não tem peixe. Milhares de brasileiros querem trabalhar mas o governo não oferecem condições e em alguns casos proibem o trabalho. A visão de alguns políticos é que governar é "proibir", criar leis que "proibem". São poucas as leis que incentivam.
Geralmente as questões relacionadas à CARÊNCIA são questões materiais que uma boa campanha e a ajuda de outro Rotary e da Fundação Rotária resolvem bem.
As questãoes relacionadas com DEFICIÊNCIA DA ESTRUTURA SOCIAL dependem da ação, da iniciativa, de articulações políticas, apartidárias, baseadas na pressão, no diálogo e no convencimento e é aí que entra a estrutura do Rotary e é aí que exercemos o melhor de cada um de nós que é a LIDERANÇA. É porisso que o Rotary é um organismo (vivo) formado por líderes que desenvolvem trabalhos voluntários e é porisso que os trabalhos de Rotary são Humanitários.
Cada um de nós enquanto rotarianos responsáveis, líderes conscientes e atuantes temos um Dever Cívico a Cumprir.
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Página atualizada em 09/05/2009
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pessoal que contém uma opinião essencialmente pessoal a cerca do tema Ufanismo. As opiniões são, no fundo, "provocações" feitas aos nobres companheiros rotarianos e também àqueles que trabalham de forma voluntária para a melhoria da qualidade de vida da comunidade e são baseadas em contatos, estudos e experiências pessoais e vale-se da liberdade proprocionada pela WEB. Ninguém é obrigado a aceitar, nem se pretende afirmar que as opiniões aqui colocadas sejam verdadeiras. Agora, se você gostou, pode imprimir, copiar e divulgar à vontade - o endereço é www.ebanataw.com.br/ufanismo. Watanabe é engenheiro e como tal participou do projeto das grandes obras da engenharia nacional como a Rodovia dos Imigrantes e as hidrelétricas de Ilha Solteira, Itaipú e Tucurui. Nesses empreendimentos, adquiriu muita prática no planejamento, treinamento e condução de grandes equipes. Ele anda meio indignado com alguns exageros cometidos por alguns políticos brasileiros e deseja ver a luz no fim do túnel trilhando uma via lastreada em respeito, valores familiares, liberdade de sonhar e a esperança de um amanhã melhor. Se você também procura essa luz, veja a Carta de Princípios em www.ebanataw.com.br/carta. |
RMW\GEROI\ufanismo6.htm em 21/07/2006, atualizado em 09/05/2009 .